ADHONEP - Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno Capítulo 530 - Bento Gonçalves - RS

Reuniões Plenárias todas segundas-feiras às 20:00 h no Hotel Dall' Onder Vitória Flat. Você está convidado para participar conosco.


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Eu Tinha uma Religião mas não Tinha Deus

 

Meus pais vieram de família humilde. Meu pai era filho de um doceiro e minha mãe de um comerciante. Ambos deram um duro para crescer na vida. Meu pai se formou em Medicina, fez doutorado no Rio de Janeiro e trabalhou por anos como patologista em Passo Fundo, foi professor da UPF. Foi onde conheceu a minha mãe que era contadora do hospital da Cidade em Passo Fundo. Casaram e em 1977 eu nasci.

Meu avô e avó paternal eram de estatura normal, as filhas mulheres deles também eram, porém o meu pai acabou tendo problemas de crescimento. Ele tinha apenas 1,18 m. (A mesma altura que eu tenho). Como meu pai não podia competir com os outros pela força, decidiu vencer pela intelectualidade, e realmente conseguiu êxito. Mesmo estudado em escolas públicas sempre foi bom aluno e passou na primeira tentativa para a concorrida Universidade de Santa Maria para o curso de Medicina. Meu pai foi um homem famoso. Ele era o menor médico do mundo. Em detrimento da estatura meu pai tinha um diferencial emocional e intelectual, vinte anos depois de sua morte ele foi homenageado na academia de Medicina passo-fundense.

Papai participou de programas de TV, deu entrevista para revistas e tinha alguns amigos pessoais de renome, entre eles o Nelson Ned, na época de não cristão, ambos faziam “farra” juntos. Meu pai descobriu o poder de viver uma vida com propósito. Ele colocou algo em mente, se focou e foi extremamente exitoso em tudo o que emprendeu. Um homem de excelente coração, ao exemplo também da minha mãe, sempre ajudando os necessitados.

Há um ditado popular que diz que o peixe morre pela boca. A bíblia afirma esta verdade em Provérbios 18:21. Papai sempre dizia que antes dos 40 anos iria morrer. De fato, aconteceu, com 39 anos faleceu.

Mesmo tendo pai por pouco tempo guardo coisas muito boas dele no meu coração. Me lembro que papai sempre me levava para dar uma volta com a Brasília Amarela dele no quarteirão todos os dias antes de ir ao trabalho. Comprava para mim álbuns de figurinhas, que eu adorava e sempre me trazia presentes. Mesmo sendo muito ocupado e doente, papai sempre foi presente na minha vida. Recordo muito bem que ele me deu uma churrasqueira e me ensinou a fazer churrasquinho. Aprendi a jogar cartas com ele, pescar e muitas outras coisas. Eu amava meu pai. Com 8 anos de idade perdi papai. Ele acabou falecendo em virtude de problemas respiratórios, asma. Eu não entendia a morte,

Minha mãe decidiu depois da morte do meu pai de nos mudarmos para outra cidade e recomeçar a vida. Viemos então morar em Bento Gonçalves. Nesta época mamãe já tinha passado em um concurso para Auditor do INSS, o que garantia o sustento da casa com certa facilidade.

Fui uma criança que tudo o que eu queria ganhava, pedia vídeo-games, raquetes de tênis, bolas, brinquedos e ganhava tudo o que pedia. Eu era uma pessoa que tinha tudo, mas ao mesmo tempo eu não tinha nada.Havia um grande vazio dentro de mim, eu não era feliz. Meus pais fizeram o melhor que podiam por mim, mas não conseguiram resolver o vazio da minha alma.

Ao exemplo de meu pai, também passei por muitas enfermidades na infância. Me lembro de ter que ir ao hospital várias vezes em virtudes de crises de asma. Fiz quatro operações bem novinho ainda. A pior delas foi das mãos, eu tinha uma doença chamada “dedos de martelo”, os dedos ficavam trancados e eu não conseguia movimentá-los. Operei e fiquei 30 dias sem poder brincar, somente olhando um time de futebol de botão e uma revista dos Thundercats que a minha mãe tinha me dado. Aqueles brinquedos foram a minha esperança. Para uma criança hiperativa aqueles dias para mim não foram fáceis.

Graças as condições financeiras da família, sempre estudei em escolas particulares, nas melhores. Isso não me isentou de sofrimento. Me lembro que por ser menor que os colegas muitas vezes eu era humilhado e não tinha como me defender. Algumas lembranças da infância foram muito traumáticas. Recordo de crianças na rua passando por mim e ficar rindo e fazendo deboche por causa da minha estatura. Uma pergunta que realmente me irritava era: “que idade você tem?”. Percebia muitas pessoas se aproximarem de mim somente para saber da minha vida e ficar comentando para os outros “tu viu aquele guri...”. Comecei a ficar com uma espécie de fobia social. Conhecer pessoas novas para mim era extremamente traumático, pois poucos se importavam comigo, mas sim em me chamar de coitadinho e falar da minha vida.Muitos acreditavam que a capacidade de um homem esta em sua estatura física.

Como a psicologia explica, desenvolvi um mecanismo de auto-preservação muito forte. Passei a fazer amigos, eles me protegiam dos outros. Sempre fui fiel aos meus amigos. Sempre tive “melhores amigos”. Amizade tinha um conceito muito alto na minha vida.
Situações traumáticas fizeram brotar no meu coração um sentimento muito forte de ira. Eu passei a ser dirigido por este sentimento. A ira realmente é um veneno. Em casa eu passei a ser um filho rebelde, não tolerava os erros de ninguém e não sabia perdoar. Mesmo o amor que a minha mãe e família devotava o meu caso só piorava. Fui amado, mas eu não sabia amar. Ninguém pode dar uma coisa que não tem. Eu não tinha amor no meu coração. Só havia ódio, e era isso que eu dava.

Desde pequenino fui ensinado a ser um menino religioso, sempre estudei em colégios de orientação cristã, ia sempre nas reuniões todos os domingos. Me lembro de rezar todas as noites três aves-maria, um sequeri, um Pai-Nosso e um Santo Anjo.

Havia uma triste realidade na minha vida, eu tinha uma religião, mas não tinha Deus. Como eu já disse, havia um grande vazio em minha vida. Aos domingos eu ia a minha igreja, tentando preencher este vazio, mas tudo era inútil, pois eu não conhecia Deus, eu não sabia que Jesus Cristo havia levado todos os meus pecados, minhas enfermidades, eu não sabia que eu era livre, que Jesus havia pago o preço por todas as minhas transgressões, meus erros. Eu não conhecia Deus. Havia um peso sobre a minha alma.

Eu nunca fui um devasso, uma pessoa de má índole, mesmo assim havia um peso no meu interior que não me deixava ter paz.

No final do segundo grau houve outra situação muito interessante, eu pensei que ia viver a vida inteira com os meus amigos, mas percebi que cada um havia tomado um rumo diferente, um tinha estudado para Direito, outro para Médico, outro engenheiro, e eu nem sabia o que ia fazer de faculdade. Fiz um teste vocacional e o religioso que o aplicou disse que eu não tinha vocação pra nada e que nem valia a pena eu fazer faculdade. Apenas me mandou praticar a religião. Minha vida estava baseada nos meus amigos. Quando percebi que todos iam embora parece que se abriu o chão. Se foi a minha base de sustentação.

Tive uma experiência religiosa muito traumática, numa reunião a ministra não quis me servir a eucaristia porque ela acreditava que eu era uma criancinha que não tinha feito a primeira comunhão. Pensei comigo: “bom, se na religião tal eles não se importam comigo vou conhecer a religião do meu amigo.”

O Dr. Roberto Nichetti, psiquiatra, na época meu colega de aula e amigo íntimo congregava numa igreja evangélica vivia me falando de Jesus e me contava que Deus tinha mudado a vida dele. Pensei comigo: “bom, esse cara é bem mais inteligente que eu, se Deus mudou a vida dele muda a minha também.” Pedi pra ele pra visitar a “religião dele”, já que o religioso do meu teste vocacional disse que eu deveria praticar a religião. De fato, Deus mudou muito a minha vida, mas ele teve muito trabalho comigo. O Roberto falou para mim do poder do evangelho em 1993, mas fui realmente fazer uma entrega da minha vida no dia 10/02/1997 num evento para jovens em Morungava - RS. Demorou muito. Primeira ação de Deus: Fechar todos os cinemas de Bento, pois eu era viciado em cinema e não queria ir numa igreja se eu pudesse assistir um filme. Se eu tivesse que escolher , ir ao cinema ou a igreja, com certeza escolheria o cinema. Vejam só que distorção, preferindo uma ficção a pensar numa realidade espiritual. Muitas vezes nossos valores estão distorcidos!

Depois que a cidade ficou sem cinemas havia ainda um leão maior para Deus matar, o meu orgulho. Mesmo indo a uma igreja o sentimento de auto-suficiência e aquela história de “eu não preciso de ninguém” se encaixava muito bem em mim. Comecei a freqüentar os cultos numa igreja dita evangélica em 10/1996, os jovens me convidaram para ir num retiro, meio constrangido fui, gostei muito dos amigos que conheci lá, o principal foi o próprio Deus que veio habitar dentro de mim. Coisa para mim até então desconhecida. Sempre tive uma idéia que Deus estava lá no trono e eu era um coitadinho aqui na Terra. Quando me falaram que Deus se importava comigo e tinha mandado Jesus morrer por mim na cruz para que eu fosse perdoado e o próprio Deus viesse habitar dentro de mim a coisa se tornou extremamente interessante. E foi o que fiz, o preletor ficou os 4 dias do retiro fazendo apelo para quem queria fazer uma entrega de sua vida a Jesus, no último dia eu disse: “vou? Não vou?” Meu amigo Gerson me deu um empurrãozinho e disse: “vai”. Fui. Me lembro que não senti nada, mas a minha vida foi radicalmente transformada. Inclusive, o meu pente de cabelo, aqueles duros, no dia que eu aceitei Jesus, o meu pente entortou, mas graças a Deus a minha vida endireitou. Naquele dia eu recebia a Jesus Cristo como meu único e suficiente Senhor e Salvador, o vazio da minha alma foi preenchido. Percebi que poderia ser feliz, que Deus me amava e que eu tinha valor.

Descobri que só Jesus tem poder pra me livrar do que eu guardo no porão da minha alma. O sentimento da ira, que me acompanhava, perdeu lugar no meu coração. Em vez de ser conduzido pela ira, passei a ser dirigido por Deus. É muito melhor. Aprendi a perdoar e a pedir perdão. E como precisei fazer isso. Com a minha mãe, alguns amigos e principalmente com Deus.

Deus começou a falar comigo. Antes eu ia para os barzinhos na noite. Um dia, o Espírito de Deus me disse: “O que tu ta fazendo aí?”. Nunca mais saí à noite para “fazer farra”. Foi Deus.

Te lembra da fobia social? Eu escolhi fazer faculdade de Ciências Contábeis porque eu tinha trauma de gente. Raciocinei da seguinte forma: “faço contabilidade, me tranco num escritório e não preciso ficar agüentando piadinha dos outros...”. Depois de Cristo Deus fez o contrário. Hoje sou funcionário da Caixa Federal e trabalho o dia inteiro com gente, e falo a verdade, amo o que eu faço! Amo trabalhar com pessoas. Deus me tem dado amor por elas!

Meu primo que eu não via a muito tempo me encontrou esses dias e me disse: “cara, tu, um cristão, não dá pra acreditar, tu era tão bicho do mato que nem cumprimentava os parentes...” E realmente eu era assim, recordo que uma vez discuti com a minha mãe e disse pra ela “por que eu vou dizer ‘bom-dia’ se o meu dia não é bom”. Deus mudou também isso. Fui civilizado por Deus.

Minha boca era uma geradora de problemas, para os outros e para mim. Vivia na derrota porque falava só de derrota e desgraças. Eu amava desgraças e falar delas. Deus mudou a minha maneira de falar.

Minha saúde melhorou consideravelmente quando fiz uma aliança com Deus. Não posso dizer que fui curado de tudo, mas para quem vivia em hospital ficar 8 anos sem pisar nele já é um ótimo começo. Deus restaurou a minha saúde.

E a paz? Oh, que bem precioso. Deus tirou a ira do meu interior e colocou uma paz que independente das minhas circunstâncias exteriores a paz reina no meu interior. Isso é fantástico!!!

Não estou fazendo propaganda dos Tabajara. Estou falando de um Deus real que mudou o meu interior. Na realidade, depois que eu fiz uma entrega da minha vida pra Deus as circunstâncias exteriores muitas vezes pioraram, mas a força que havia no meu interior era muito maior e transformadora. Os meus amigos, que eu mais amava, perdi quase todos porque não quiseram mais ter um amigo cristão. Mas depois de nove anos, vi promessas de Deus se cumprindo na minha vida. Hoje tenho mais amigos que naquele tempo, e amizades de qualidade. Deus é fiel comigo!

Mesmo não sendo médico ao exemplo do meu pai, hoje tenho ido aos hospitais compartilhado com os enfermos estas verdades que transformaram a minha vida. Tenho visto pessoas sido tocadas por Deus, muitas delas curadas milagrosamente e a maioria delas fazendo uma entrega sincera e verdadeira de suas vidas para Jesus.

Hoje tenho estabilidade financeira, uma família abençoada, quase todos os bens que eu desejo, mas a maior riqueza que eu tenho é Jesus, a vida nova que ele me deu é algo sobrenatural.

Mesmo humanamente ainda não tendo alcançado tudo na vida, Deus tem dirigido palavras sobre toda a minha vida, e eu sei que quem já fez tanto no meu passado pode garantir o meu futuro.

Falar com Deus pra mim hoje não é mais peso, é alegria. Conhecer a Deus é o meu prazer. Muitas pessoas não sabem, mas como é precioso ter a paz de Deus no nosso coração. Hoje até posso ficar sem nada, mas eu tenho TUDO que é Cristo na minha vida! Isso que é vida abundante!

Quem me conhece de perto sabe que eu tenho tido experiências diariamente com Deus. Jesus não está restrito ao meu passado, ele é um Deus presente na minha vida.

Descobri uma grande verdade. Não interessa a nossa religião. Interessa quem temos dentro de nós e em quem temos crido.

E você, já tem esse Deus dentro de você?

Fábio Luiz Köche Trindade (Reunião Plenária do capítulo dia 06/11/2006).

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Última atualização: 13/11/2006. Clique aqui

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