| Capoeira Regional |
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| Nascido em 23 de novembro de 1900, era o ca�ula de 25 irm�os. Manoel recebeu o apelido de BIMBA, devido sua m�e, Maria Martinha do Bonfim, ter feito uma aposta com a parteira, onde ela dizia que nasceria uma menina e a parteira afirmava ser um menino. Quando Manoel nasceu, viu-se que a parteira tinha raz�o e ent�o ele passou a ser chamado de BIMBA, que na Bahia significa org�o nenital maculino. O pai de Bimba, Luiz Candido Machado, era campe�o de batuqeue (luta Africana muito antiga). |
| Mestre Bimba iniciou-se na capoeira com o capit�o da Companhia de Navega��o baiana, que era conhecido como bentinho. A �ltima formatura de Bimba, em 1973, ficou � conhecida como a formatura do adeus, pois nesse dia se despedia de salvador, mudando-se para o estado de Goi�nia. Sua mudan�a n�o teve sucesso, Mestre Bimba faleceu aos 74 anos no hospital das Clinicas da Universidade Federal de Goi�nia. Seu enterro teve todas �s honra merecida, Seu luto durou sete dias nas academias da Bahia. CRIA��O DA CAPOEIRA REGIONAL - A capoeira regional, foi criada em uma �poca em que a capoeira estava reduzida a poucos movimentos e j� estava virando folclore, caindo no esquecimento. Primeiramente a Regional ganhou o nome de Luta Regional Baiana e depois apenas Capoeira Regional. A capoeira estava virando uma coisa tur�stica, um show de acrobacias e por isso estava se desligando do seu sentido original. Mestre Bimba recuperou movimentos antigos e incorporou movimentos do batuque trouxeram de volta os rituais, a disciplina, respeito e os limites que devem ser respeitados entre os capoeiristas. As acrobacias, s�o bonitas de se ver, por�m n�o se pode dizer que fazem parte da capoeira regional do Mestre, ele defendia a tese que o ch�o � a base da capoeira e quanto menos o capoeirista sair do ch�o melhor para ele. Mestre Bimba criou um curso paralelo onde o cidad�o era preparado para se defender, esse custo era chamado de Curso de Especializa��o ou de extra capoeira. Neste curso, era treinado tudo o que o corpo humano pudesse desenvolver, movimentos tais como: Soco, pulos e outros. Tudo era treinado para que o individuo pudesse se defender nas ruas. Mestre Bimba costumava dizer que era para os fracos se defender dos fortes. Ele preparava os alunos n�o s� para as rodas de capoeira, mas tamb�m para o cotidiano, enfim, para a vida pois os ensinamentos de Bimba podem ajudar a muitos nos dias de hoje, por�m, tudo que era aprendido no curso n�o era para ser adaptado nas rodas de capoeira. Mestre Bimba deu aulas durante 56 anos e nunca saiu nenhum aluno machucado de sua academia, ao contr�rio do que se diz hoje em dia, que esta regional pode at� matar. Esta " regional" que vemos hoje em dia, com certeza se mestre bimba, vivo fosse, condenaria a um grande insulto a nossa origem. A verdadeira regional � uma mistura de filosofia, disciplina, enfim, a capoeira regional � um ser completo. Mestre Bimba tamb�m desenvolveu a capoeira no campo pedag�gico e assim criou-se uma metodologia de ensino em torno da capoeira, que era composto de: Capoeira Regional - Curso de especializa��o e Seq��ncia de ensino. O m�todo de Mestre Bimba era inicialmente o exame de avalia��o, onde em uma conversa ele iria saber se o aluno aprenderia a capoeira para ensinar ou somente para brigar. Depois disso ele pegava o aluno e lhe ensinava a gingar, pois dizia Mestre Bimba "se voc� n�o sabe gingar, capoeira n�o pode jogar" . Segundo Bimba, a ginga � � base de tudo. Na ginga pode-se surpreender o camarada, como e quando se quiser. Por acreditar nisso, Mestre Bimba fazia quest�o que todos seus alunos tivessem uma ginga perfeita. Em 1932 - Mestre Bimba abriu sua academia de capoeira, que se chamava: Centro de Cultura F�sica e Capoeira Regional da Bahia. Em 1953 - Mestre Bimba fez uma apresenta��o de capoeira no Rio de Janeiro, para o presidente da �poca Getulio T. Vargas, tendo ouvido o presidente dizer: " A capoeira � o �nico esporte verdadeiramente nacional". Os toques tradicionais da capoeira regional s�o: Banguela, Iuna, S�o Bento grande, pois estes toques foram criados por Mestre Bimba dentro da regional. Os instrumentos que ordenam a capoeira regional s�o: 02 pandeiros e um berimbau. Mestre Bimba era severo em suas regras e dizia que, se existe regras � para serem respeitadas, tais como: - Gingar sempre Respeitar e observar em quaisquer circunst�ncias. - Jogar olho a olho com o camarada, pois os olhos falam em sil�ncio. - Conservar o m�nimo de uma base no ch�o. - Obedecer o pai da roda, o berimbau. - Respeitar o camarada vencido. O chamado "esquenta banho" de Bimba, era nada mais e nada menos que o aluno ficar aquecendo at� chegar a sua vez de tomar banho, pois na academia havia apenas um chuveiro. |
| Manoel dos Reis Machado |