Excursão Virtual pelos Faróis do Algarve

Entramos pelo Algarve, vindos de Espanha.  Estamos em Vila Real de Santo António,  onde o rio Guadiana mistura as suas águas com o oceano. Contornamos o estuário e de súbito, ao desfazer a curva, lá está ele. O farol de Vila Real de Santo António  acende-se desde 1923, junto à Mata que o Marquês de Pombal fez plantar. Seguimos em direcção a Lagos: à esquerda o mar, no ar o aroma inconfundível das laranjeiras (estamos em Março), as casas brancas e típicas recortando-se na paisagem. Tavira, a Ria FormosaOlhão, Lagoa, Ferregudo. Faro... as cidades sucedem-se, como as praias, as dunas, as falésias e os cabos, e o seu fiel companheiro: o farol marítimo.

Em Lagos, aproveitamos para descansar na Ponta da Piedade, onde comemos um saboroso almoço. Chegou o momento de descansar: sentamo-nos na falésia, onde ainda é possível, nesta época do ano, conviver com as gaivotas que voam rentes às nossas cabeças, confiantes. O ar aquece, o sol parece de Verão. De boa vontade dormiríamos uma sesta, mas queremos visitar ainda Sagres, o “santuário” da navegação quinhentista.

Em Sagres acaba o mundo: em nenhum outro lugar se tem esta sensação circular do mar que nos rodeia e embala, e ao mesmo tempo, a vertigem da aventura. Bastaria abrir as asas e voar, para percorrer todo esse horizonte sem fim. Assim o devem ter sentido os homens do tempo da Escola do Infante D. Henrique. Com este belo sol e este céu azul, não conseguimos pensar na solidão das noites ventosas, escuras como breu, em que marinheiros aflitos procuravam uma réstia de luz que os encaminhasse. A luz de um farol futuro, que é este. Estamos no Cabo de S. Vicente, prestes a passar a nossa primeira noite desta viagem. Amanhã de manhã, partiremos de Aljezur.

 

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