Em primeiro lugar, n�o se devem adoptar conceitos r�gidos em rela��o ao que �, ou n�o, t�xico. Assim, consideramos que uma mentalidade n�o t�xica passa por um esclarecimento � comunidade em geral, perspectivando uma mudan�a de mentalidade e atitude perante a problem�tica da toxicodepend�ncia.

Procura-se deste modo sensibilizar por forma a que se entenda a mentalidade n�o t�xica, n�o simplesmente como o facto de n�o usar, mas sim, ter uma atitude aberta, de di�logo e aceita��o de uma realidade social. Entende-se ainda, que a tomada de consci�ncia por parte de todos pode resultar numa interven��o aos v�rios n�veis: prim�ria (saber escolher o n�o); secund�ria (apoiar quem pe�a ajuda para parar); terci�ria (reinserir ap�s parar).

Relativamente � mentalidade n�o t�xica para um toxicodependente entende-se como uma (re)aprendizagem, atrav�s de um processo de auto-conhecimento dos factores que lhe s�o prejudiciais, adquirindo compet�ncias para estruturar um estilo de vida sem a presen�a do uso de subst�ncias que o alterem, e percepcionando os seus factores de risco (ex. adop��o de comportamentos desviantes da norma social, o uso abusivo de bebidas alco�licas). Apresenta-se determinante a capacidade da Pessoa (re)descobrir a capacidade de desejar, projectar e concretizar os seus objectivos/ideais. Este contexto implica uma grande mudan�a de atitude face � vida, no que respeita � sua rela��o com as subst�ncias de consumo, ao modo como lida com as dificuldades, os sentimentos, as responsabilidades, a resist�ncia � frustra��o, a capacidade de aguardar a concretiza��o de projectos (ex. bens de consumo, (re)estabelecimento das rela��es interpessoais e afectivas, adequa��o � situa��o profissional).

Na sequ�ncia desta ideia, � de real�ar que a aquisi��o de uma mentalidade t�xica � um processo r�pido, associado a uma procura e um tempo de enamoramento com os efeitos das subst�ncias. Pelo contr�rio, uma mentalidade n�o t�xica, decorre de um per�odo longo, que passa em primeiro lugar pelo desejo de mudan�a e pelo empenhamento na constru��o de um projecto de recupera��o. Igualmente para a comunidade em geral, esta atitude ter� de ser resultante de uma consciencializa��o desta realidade e de um permanente espa�o de di�logo, por forma a adequar as respostas da Associa��o ao espa�o onde se insere.

MENTALIDADE N�O T�XICA
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