A Verdadeira Visão

Pudesse eu aguçar a vossa visão!

E ensinar-vos a descobrir a tristeza que muitas vezes se oculta sob um sorriso; ou a alegria envolta em um disfarce de lágrimas.

Pois outra coisa não tenho buscado, que vos fazer enxergar o vosso próprio interior; onde podereis encontrar tudo que tendes procurado por todo este tempo.

Em verdade, eu vos vejo perdidos. E acompanho a vossa procura por aquilo que apenas em vós podereis encontrar: o Amor, a Felicidade e a Paz. É através deles, que podereis descobrir a presença de Deus.

E sofro, por ver que vos assemelhais ao cego que, na busca desesperada da visão, despreza os demais sentidos que possui.

Despertai, filhos de minh’alma; para que eu tenha o direito ao meu próprio sono. Pois qual o pai que pode dormir, enquanto preocupado com os seus filhos?

E quem pode ser feliz, vendo sofrer aqueles que ama?

Despertai, eu vos peço! Assim abrireis os olhos do coração, que são os olhos do verdadeiro Eu.

E, antes de olhardes em volta, olhareis para dentro de vós mesmos.

Antes de vagueardes pelo mundo, vagareis pelo universo que existe em vós. E esta não será, como tantas outras que tendes feito, a viagem da procura.

Mas sim a da descoberta.

Eu vos repito: só em vós, encontrareis o que buscais; porque o homem nada pode encontrar, enquanto perdido de si mesmo.

Pudesse eu aguçar a vossa visão!

Entretanto, nada vos posso dar além do meu amor e das minhas palavras; não vos posso impor o meu caminho, apenas acompanhar-vos por vossos próprios caminhos.

Eis que me trouxeste a luz: e, assim, tornou-se minha obrigação seguir-vos, para iluminar a vossa jornada.

Mas um dia, eu o sei, abrireis os vossos olhos. E, nesse dia, cada um de vós encontrará a sua própria luz; e rirá das suas dúvidas passadas, ao abandonar a escuridão.

Pois este é o vosso verdadeiro destino, aquele para o qual fostes criados:

Caminhar ao encontro da luz,

do Pai,

do vosso verdadeiro Eu!