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Histórico do CTC

 ORIGEM DA TROVA


MIL ANOS

O surgimento do nome da Trova está intimamente ligado à poesia da Idade Média. Durante a Idade Média, Trova era o sinônimo de poema e letra de música. Hoje a Trova possui a sua conceituação própria, diferenciando da Quadra e da Poesia de Cordel, e do Poema musicado da Idade Média.

Conhece-se Trovas escritas nas línguas derivadas do Latim situadas na Península Ibérica, a saber: Português, Galego, Espanhol e Catalão, nos séculos X e XI. Como vimos no capítulo anterior a Trova teria surgido junto com o alvorecer das línguas derivadas do Latim, as chamadas línguas romances.

A Trova possui o seu conceito plenamente estabelecido: é o poema de quatro versos setissílabos com rima e sentido completo. Já Quadra é toda estrofe formada por quatro linhas de uma poesia.

Assim, não é verdade que Quadra e Trova sejam a mesma coisa e que a Trova evoca mais os Trovadores da Provença Medieval e que a Quadra seria uma forma de se fazer poesia mais moderna. A Quadra pode ser feita sem métrica e com versos brancos, sem rima. Aí então será só uma quadra sem ser a Trova que obrigatoriamente terá que ser metrificada. Trova, nos dias atuais, é cultuada como Obra de Arte, como Literatura.

A origem da Poesia Trovadoresca Medieval (que não pode ser confundida com a trova-quadra moderna nem a daqueles tempos recuados) perde-se no tempo, contudo foi a criação literária que mais destaque alcançou entre as formas poéticas medievais, originárias de Provença, Sul da França.

Expandiu-se no século XII por grande parte da Europa e floresceu por quase duzentos anos em Portugal, França e Alemanha.

O Trovador Medieval representava a glorificação do amor platônico, pois a dama que era a criatura mais nobre e respeitável da criação, a mulher ideal, inacessível para alguns, passava a ser a pessoa a quem o referido Trovador endereçava os seus líricos versos.

Os primeiros Trovadores Modernos a fazerem Trovas sistematicamente para publicação, surgiram no século passado em Espanha e Portugal, na esteira dos folcloristas que as recolhiam em meio ao povo.

Sobre a gênese da Trova Medieval, por falta de documentos sobre o folclore na Idade Média, os historiadores consideram a mesma imprecisa. Não há dados concretos que estabeleçam a época certa do surgimento da Trova Medieval. O que se tem registrado é que, entre 1.100 e 1.300, escritos de autores Espanhóis e Portugueses utilizavam, como recurso auxiliar, composições poéticas hoje reconhecidas como formas das primeiras manifestações "trovadorescas (ou seja, da trova medieval -- que é sinônimo, hoje, de poesia metrificada. Não se pode confundir com trovistas -- que trata da trova-quadra, a nossa quadra)" de que se tem conhecimento.

A Trova que passou a pontilhar na Literatura de Espanha e Portugal, propagou-se pelos países surgidos das conquistas dessas potências marítimas, chegando pois à América Latina e ao Brasil.

A verdade é que o período folclórico da Trova sempre se revitalizará enquanto existirem propagadores do ato do recitar nas festas em família e das brincadeiras de roda.

Há de se considerar, também, acontecimentos como a extraordinária popularidade da Trova, que contrariamente ao esperado, constitui-se num fator que alguns consideram negativo para o seu real aproveitamento na Literatura, uma vez que, antigamente, o que vinha do povo era rejeitado pela nobreza, que manipulava a elite intelectual da época.

Ainda hoje, alguns homens de letras, que, privados de sensibilidade poética, se recusam a reconhecer o valor da Trova, a consideram coisa "cafona", indigna de um verdadeiro intelectual. Uma ojeriza de uma "pseudo-elite" minoritária.

Segundo o Professor de Literatura da Universidade Federal do Espírito Santo, Luís Busatto, em entrevista publicada no Jornal "A Gazeta", de 13 de Julho de 1981, a Trova:

"É, como uma espécie contida dentro da lírica, das coisas mais fáceis que há na poesia. A gente tem que reconhecer que a Trova é limitada. Ela é muito explorada precisamente porque é mais fácil e mais acessível. O verso heptassilábico é o mais fácil que há. Pode-se até notar que a posição dos versos é bastante simples, das mais comuns que há."

Por afirmar que Trova era fácil de ser feita, procurando minimizar o seu valor, Busatto foi desafiado, como Professor de Literatura, a fazer Trovas. Até Janeiro de 2.000 não tinha feito nenhuma.

Vale aqui lembrar a Trova do Rei dos Trovadores Brasileiros, Adelmar Tavares, que era Acadêmico da Academia Brasileira de Letras:

Ó linda trova perfeita,

que nos dá tanto prazer,

tão fácil, - depois de feita,

tão difícil de fazer.

Os primeiros Trovadores, com produção regular para publicação, apareceram em Portugal e Espanha, no Século XIX, criando Trovas "popularizáveis" que muito se assemelham às populares.

Segundo os historiadores, o Português Antônio Correia de Oliveira publica, no início do século, dois livros de versos em língua lusitana.

Antônio Correia de Oliveira, que pela qualidade de sua obra e pela edição dos dois primeiros livros de Trovas na Língua Portuguesa, é considerado um dos primeiros grandes Trovadores Literários, ou seja, Trovador que organiza e publica suas Trovas.

É de sua autoria esta Trova publicada em 1900:

Sino, coração da aldeia,

coração, sino da gente.

Um a sentir quando bate,

outro a bater quando sente.




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