Dando prosseguimento à programação dos Encontros Literários, mais uma vez a cultura ocupou, nesta quarta-feira 10 de outubro de 2002, o espaço da Casa Anísio Teixeira para a realização do 5º evento. Sendo o mês de outubro que comemora o Dia da Criança, o tema foi a Literatura Infantil.
Assim, tendo à frente a equipe da Casa Anísio, uma turma de grande talento, com Fernando, Keila, Jucelma, Adriana e Claudivan, capitaneados pela incansável Mara Ledo, a meninada foi brindada com as peças Chapeuzinho Vermelho e Os Três Porquinhos, que começaram às cinco da tarde, despertando a imaginação daqueles que, um dia, estarão preservando a cultura.
À noite, o Encontro atendeu ao público adulto, desta feita no auditório. Iniciado com a música de Tião Carvalho, que começa sua carreira artística com o lançamento do cd Zen. A jovem Ana Míria Carinhanha, dedilhando a viola, demonstrou o talento que vem sendo burilado pelo maestro Boanerges Chaves.
O Presidente da Academia, Romilton Bonfim, saudou os presentes, apresentando o tema da noite, passando então a palavra à Acadêmica Luciete Bastos, que falou sobre a história da literatura infantil e seu importante papel na formação moral e intelectual do indivíduo. Em seu discurso, a professora apresentou a trajetória da literatura voltada para a criança, analisando os valores de época, caso do controverso racismo embutido nos textos de Lobato, a questão moral nos diversos autores antigos e os problemas sociais apresentados pelos escritores modernos, o real e o imaginário nos textos, tudo permeado por declamações de poemas por diversos alunos da COOPEC que, da platéia mesmo, vencendo o nervosismo natural, exibiram Drummond, Quintana e Vinicius...
O Presidente da ACL apresentou o "espaço aberto" - e este começou com o carismático Silvio Prisco, desta feita declamando um poema de sua lavra: "Cachaça".
Aclamado pelo público juvenil, Claudinho (Antonio Cláudio Barbosa), declamou seus versos de "Poesia Para Todos". O escritor e fotógrafo Zé William, o conhecido Pité, que volta e meia retorna a Caetité, apresentou um sensacional texto onde, a pretexto de relembrar os circos de antanho, expôs como se sente o cidadão honesto nos dias atuais.
Após tantas demonstrações o maestro Boanerges Chaves encantou a platéia com o seu rico repertorio. O sr. Yalen Sacramento pediu a palavra e convidou o acadêmico André Koehne e sua filha Joanna Cristina, que subiram ao palco para narrar o conto infantil do "Jericototó", um atrapalhado bichinho. Joanna ainda recitou versinhos de sua autoria.
O Presidente Romilton recitou a poesia "Mais e Mais a Te Amar", seguido pela apresentação da peça adaptada "Cinderela", pela turma de contadores de histórias da Casa Anísio Teixeira: Fernando Dias, Cleidevan, Datiane, Graciene, Lielva, Milena, Natan, Raema, Tarcísio e Zamana.
Finalmente, ao lado de Mara Ledo, o Presidente da Academia encerrou o encontro literário, que vem ocorrendo todas as segundas quartas-feiras de cada mês, numa parceria da Casa Anísio Teixeira, Arquivo Público e Academia Caetiteense de Letras. No coquetel, doces caseiros. |
