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Montenegro

[Morro da Mariazinha]-[História do Gigante de Pedra]-[O caso do tesouro do rio]
[A história do cavalo branco]-[História do Lobisomem]-[A história da Cruz de Ferro]
[História da lagoa Encantada]

 

Lendas e Histórias

Na imaginação popular, os aspectos absurdos, estranhos ou heróicos dos acontecimentos; aquela, relatando, nos papéis do tempo, um quadro de forças, voltadas para o progresso. Eis o que transparece nas lendas que se contam, em nosso município.
A imaginação do povo – rica em detalhes e cores – não só – guardou acontecimentos passados, mas ainda se encarregou de enriquecê-los, ampliá-los ou mesmo de modificar-lhes a significação. É, dessa forma, que se ressaltam nossa cultura e nossa tradição.

Montenegro de outro tempo – patrulha, correrias e... Lobisomem. voltar

Há mais de quatro décadas, quando Montenegro já gozava dos foros da cidade, o policiamento urbano era exercido pela grada Municipal, que, vale salientar, prestou assinalados serviços à coletividade.
Cada soldado portava um trabuco e enorme espada, cujo tamanho lhe embaraçava os movimentos. Além disso, o tinido dessas durindanas era ouvido de longe, denunciando a aproximação da patrulha. De modo que os malandros que tinham contas com a polícia, quando ouviram tal tinido, punham-se em fuga. Às vezes, a patrulha andava a cavalo, percorrendo as ruas da cidade e arredores. Outras vezes davam serviços a pé.
Ao tempo a cidade não tinha vida noturna. O cinema funcionava aos sábados e domingos somente. De vez em quando algum circo de cavalinhos ou grupos dramáticos visitavam a cidade, funcionando então em dias de semana. O passatempo principal da população, nas longas noites de inverno, era o jogo da víspora, a 200 réis o cartão, havendo jogadores mais afoitos que arriscavam 500 e mil reis cada vez. À meia-noite era servido aos apostadores e “peru” (assim chamados os que não tinham dinheiro para jogar), café com pão e manteiga.
Os elementos da patrulhas, depois de visitarem os seus setores, iam descansar nas casas de víspora, onde arriscavam também alguns níqueis e filavam o café...
Entretanto, a monotonia do serviço de policiamento era às vezes interrompida, altas horas da noite, por tiroteios, obrigando os agentes da segurança pública a estafantes corridas para averiguarem o que havia e prenderem os perturbadores da ordem. Mas, quando chegavam ao local, não encontravam nem os rastros dos malandros (não havia nenhum escoteiro ou alguém que reconhecesse os rastros). Horas depois, novo tiroteio se fazia ouvir em outra zona da cidade, obrigando os guardas municipais a acudir imediatamente. Nada, porém encontravam de anormal: apenas o silêncio... É que diversos rapazes, mesmo da melhor sociedade, divertiam-se em trotear os coitados dos mantenedores da ordem. Assim é que um grupo desses irresponsáveis dirigia-se para as proximidades da estação ferroviária enquanto outro tomava o rumo do cais do porto. E assim se revezavam no tiroteio: quando a polícia corria para uma zona, irrompia outro tiroteio em outra zona... No entanto se um dia fossem pilhados esses gaiatos, ficariam com a pele marcada, a pranchadas... Mas continuaram a massacrar os pobres agentes da lei, sem que nada lhes acontecesse...
- A horas avançadas de uma noite de verão, um nosso conterrâneo, sentado na sacada de sua residência, teve a atenção despertada por uma estranha correria e lobrigou dois vultos que corriam desabaladamente pelo meio da rua mal iluminada: era um cabo e um soldado da guerra municipal. Interpelados sobre o motivo da correria, os dois agentes sem interromper a correria, disseram que estavam sendo perseguidos por um lobisomem... De disforme cabeça, que, trotando pelo meio da rua, soltava horripilantes urros.
Diante da diabólica aparição, o nosso informante sentiu o cabelo arrepiar-se-lhe. Ato contínuo trancou as portas e recolheu-se a casa...
Se o episódio carece de veracidade, nenhuma culpa cabe-nos, pois limitamo-nos a amarrar o que ouvimos. Mas o fato é que a polícia com trabucos, espadagões e tudo, correu do lobisomem...

Morro da Mariazinha voltar

Os antigos residentes de Montenegro a seguinte história a respeito do Morro da Mariazinha, tentando explicar estranhos fatos que ali ocorreram:
Há mitos anos passados, alguns padres jesuítas tiveram que fugir de perseguições. Embarcaram em suas canoas e seguram o curso dos rios, chegando, desta forma, até as proximidades da atual cidade de Montenegro. Pelo rio caí, aproximaram-se do Morro da Mariazinha.
Junto deste Morro, desembarcaram e procuraram um refúgio. Escavaram uma caverna ali existente, e essa gruta, dentro do Morro, servia, não só como morada, mas também como capela de suas orações.
Para esse local, transportavam uma valiosa carga que haviam trazido: grande tesouro que deveria servir para a construção de uma igreja. Dissimularam bem a entrada da gruta, a fim de estarem protegidos.
Como tiveram gostado deste vale e sentindo-se seguros, resolveram ficar por aqui mesmo, para catequizar os índios desta região. Nas pedras deste morro, fizeram inscrições e revestiram com o ouro que haviam trazido, a “capela” da gruta. O resto do tesouro foi escondido.
Viveram, desta forma, em boa paz, por algum tempo... Então, os jesuítas tiveram que abandonar esse local. Provavelmente, seus antigos perseguidores os haviam descobertos. Imagina-se que tenham saído às pressas, deixando a gruta enfeitada de ouro. Não se sabe o que aconteceu com os jesuítas.
Mas, dizem que o tesouro ainda não foi encontrado. Há quem diga que na subida do morro há uma porta esculpida numa pedra, do tipo romano, e que próximo à porta existe um grande tronco onde é a morada de um casal de cobras venenosas que protegem a entrada da gruta.
Segundo a história, quem conseguir matar as cobras venenosas, terá a oportunidade de se apossar do tesouro. Mas a pessoa terá que ir cozinha. E, até hoje, não houve quem o conseguisse fazer.
Contam uns que aqueles que já o tentaram fazer, não foram bem sucedidos: estranhos ruídos, vozes de animais, gemidos, afugentam os mais audazes, que ficam tomados de grande medo, dizendo que o local é assombrado.
Outros afirmam que não se pode entrar na caverna devido à escuridão e que se a pessoa for tentada a acender alguma tocha ou vela, esta se apagará, e que um vento forte sopra na hora de aparecer à luz.
 Todos os detalhes são repetidos pelo povo... Como é costume dizer que os antigos guardavam seus tesouros entres as rochas dos mortos, quem quiser constatar a existência desse tesouro é só dirigir-se ao Morro da Mariazinha e... Começar a exploração.

O caso do tesouro do Rio voltar

Abaixo da ponte da Mariazinha (ponte da viação férrea), no lado oeste do morro da Mariazinha, mergulhada nas águas do rio Caí, existe uma corrente de ferro, que pode ser vista, em épocas em que as águas estão baixas. Para explicar a significação e a existência dessa corrente, conta-se esta lenda:
Em épocas remota, aqui tiveram padres jesuítas. Fixaram-se não muito distante do Rio Caí, em local onde ficassem protegidos.
Certa vez, um desses jesuítas achou um misterioso baú, contendo diamantes e ouro.
Não revelou a ninguém esse fato, mas passou a ocupar-se de uma estranha tarefa: conseguir uma grossa corrente de ferro e a prendeu no lado oeste desse morro, num paredão de pedras. E fez mais: introduziu essa corrente por dentro do morro, fixando uma das pontas no topo. Na outra extremidade, a partir de uma laje de várias toneladas, prendeu o estranho baú, que a seguir jogou no rio.
O padre escondeu dessa maneira o baú, pois na época estavam ocorrendo perseguições, e ele pretendia salvar o achado. A corrente, não só lhe indicaria o local, como evitaria que a correnteza levasse o cofre.
Acontece, porém, que esse padre veio a morrer algum tempo depois, sem que alguém tivesse sabido desse baú, escondido no fundo do rio.
E... os diamantes e o ouro ainda estão lá no fundo do rio – afirmam - embora muitos já tenham experimentado retirar o cofre. Os que se aventuram, voltaram apavorados.
Dizem que o local é mal assombrado, havendo quem afirme até que o espírito do padre anda por lá, protegendo seu tesouro.
Quando o rio está baixo, dizem que a corrente na pedra é visível, e que o jesuítas aparece, sentado sobre a laje, mas sem cabeça.
Afirmam, também, que diversos afogamentos já ocorreram ali, deixando dúvidas sobre os fatos. Outros dizem que barulhos assustadores de correntes podem ser ouvidos e que a laje empina de modo que as pessoas caem no rio.
Assim, esquecida talvez a verdadeira origem ou utilidade dessa corrente, o povo se encarregou de nela prender um tesouro. E para conservar viva a crença, nunca conseguiram retirar a corrente do rio, apesar das inúmeras tentativas. E o mistério continua...

A história do Gigante de Pedra voltar

Esta é a lenda que explica o formato quase humano dos morros próximos de nossa cidade:
Há muitos e muitos anos, bem antes da descoberta do Brasil, esta região era um vale, onde existiam índios, animais e muita flores.
Vivia por entre as árvores do vale do caí, um enorme gigante, feio e muito mau. Os índios fugiam dele apavorados, e os pássaros não ousavam chegar perto dele, tão grande era sua maldade.
O gigante andava muito, sempre perseguindo uma vítima. Um dia, depois de muitas caminhadas, ficou tão cansado que, ao chegar perto do rio Caí, deitou-se, afim de repousar. Acomodou o corpo imenso sobre o chão e... adormeceu.
Uma fada, que vinha observando o gigante e conhecia todas as suas malvadezas, resolveu acabar com tanta ruindade. A fada se aproximou dele e, aparecendo-lhe em sonhos, disse-lhe que havia chegado seu fim. Tocou-o com sua varinha mágica, transformando-o em pedra. Pedra para sempre.
E até hoje o gigante malvado dorme; o Morro da Pedreira é a cabeça, o Morro São João constitui o corpo com sua enorme barriga e seus braços; o Morro dos Fagundes – mais conhecido como Morro da Formiga – forma as pernas e os pés.
E assim, o gigante adormecido, coberto de terra e de vegetação, hoje, enfeita a paisagem Montenegrina e atrai os visitantes.

A história do cavalo branco voltar

Conta-se que existiu uma grande fazenda perto de nossa cidade, mais aproximadamente, nas imediações da estação férrea. A respeito de seu cavalo, o povo narra esta história:
O proprietário dessa fazenda era senhor de uma grande fortuna que conseguia reunir, no decorrer dos anos.
O fazendeiros de sua estima um cavalo branco muito fiel, único amigo em que confiava.
Certo dia ele precisou fazer uma viagem e ficou muito preocupado, pois achava que iriam roubar o que lhe pertencia.
Então, ele colocou toda sua fortuna, tudo o que tinha de precioso, numa caixa e saiu com o cavalo, até uma figueira – que dizem existir, ainda, perto to Cantegril Clube. Ali, enterrou a caixa e deixou o cavalo vigiando, porque não confiava nos agregados.
Ultimou os preparativos e, certa madrugada, deixando o cavalo branco cuidando do tesouro, saiu a viajar por este mundo de Deus.
Passou-se muito tempo. Os invernos se sucediam... o fazendeiro não voltava. Mas o cavalo fiel ali permaneceu...
Provavelmente, o homem morreu em viajem, pois a verdade é que nunca mais voltou. E o cavalo terminou morrendo, também.
No entanto, sua vigilância continua, mesmo depois de morto. Se alguém tenta se aproximar do local e retirar o tesouro que dorme sob as raízes dessa figueira, aparece, numa visão, o cavalo branco, empinado nas patas de trás e ameaçando matar aqueles que desejam se apropriar do que pertencia a seu amo.
Conta-se que , nas sextas-feiras, após a última balada da meia-noite, pôde o fiel cavalo ser visto nitidamente, com seu pêlo branco, afugentando as pessoas desse local. Por sua fidelidade ao patrão, chamam-no de o “Cavalo Imortal”, pois que ainda parece esperar que um dia o velhinho volte para suas terras.

A história do Lobisomem voltar

Diz muita gente que lobisomem existe mesmo. Conta-se até esta história respeito de um lobisomem montenegrino, para confirmar essa credulidade:
Em algum lugar da zona do campo, entre esta cidade e o povoado de Benfica, no município de Triunfo, acredita o povo que existia um tesouro enterrado.
Certa vez, um cidadão daqui sonhou que havia descoberto o lugar do tal tesouro, em companhia de alguns amigos.
Convidamos os tais amigos, o grupo foi, de madrugada, munidos de ferramentas e lampiões, em busca do local.
Chegamos lá, precipitaram a cavar. Quando já haviam aberto um buraco de regular tamanho, apareceu à beira do mesmo, um enorme animal, meio cão meio cavalo, olhando fixamente para dentro do buraco.
Os homens ficaram apavorados e correram do lugar. O tal animal, tipo assombração, saiu em correria campo afora, batendo nas cercas e varando-as sem as arrebentar.
Depois disso, nenhum dos homens teve coragem de lá voltar.
Todavia, há quem diga que o lobisomem já foi visto mais vezes, nas paragens do interior do nosso município. As vezes, dizem, o lobisomem aparece nas noites de sexta-feira, ameaçando as pessoas> Outros afirmam ter visto enorme bicho, meio homem, meio animal, peludo, com dentes grandes, que mata o gado, chupando-lhe o sangue. Outros afirmam que o viram em um baile, em sexta-feira, em forma de um enorme porco que atacou as pessoas presentes. Pessoas muito antigas que habitam perto do arroio do Gil, contam que era comum aparecer por ali um terneiro manso. Quando de aproximam dele, este desaparecia repentinamente. Era o lobisomem. As pessoas que tinham a desventura de velo, definhavam pouco a pouco.
Assim, esta é mais uma narrativa, envolvendo tesouro escondido. E .quando o lobisomem, esperamos não encontrar. Que o tempo e a distância o guardem.

A história da Cruz de Ferro voltar

O povo afirma que perto do Morro Fagundes há um recanto coberto de flores e, que entre essas flores, está uma cruz.
Acontece que dizem ter existido há muitos anos atrás, em Montenegro, um senhor que encontrou um tesouro.
Como ele não tivesse família, nem amigos com quem dividir a riqueza, enterrou todo o ouro, as esmeraldas e os diamantes. Pegou uma barra de ferro, fez uma cruz e a colocou sobre um pedestal, para assinalar o lugar. Plantou ainda, nesse local, estranhas flores.
Como essa história ficasse conhecida da população, muitos foram os que, pegando ferramentas, saíram em busca da fortuna.
Por um atalho, avistaram a cruz, após muitas dificuldades. Dizem que demoraram seis dias até, para chegar lá.
Ao se aproximarem da cruz, ouviram uma voz que pareceu vir da terra. Os aventureiros se apavoraram, esqueceram o sonho de encontrar balde e baldes de jóias e fugiram.
Com o passar do tempo, outras preocupações tomaram lugar na vida dos montenegrinos. E a história da cruz foi sendo esquecida... Mas existe, ainda quem afirme que, embora tenham construído casa nas imediações, a riqueza lá está enterrada. E afinal que, para acreditar nisso, basta observar as estranhas flores que crescem no local e que foram entregues por um padre a esse homem. “Essas flores são sagradas” – afirmam alguns. “Perto do local há uma lago que é sagrado” – afirmam outros. “No lugar da cruz não se pode cavar” – dizem ainda outros. Ou “não se pode atear fogo ou fazer fogueira por lá, porque vai haver explosão” – contam ainda algumas pessoas. “Aparece um jesuíta, na cruz de noitezinha” – relata outras pessoas.
Se existe o tesouro ou não, jamais se ficou sabendo, mas a fértil imaginação do povo que transmite essas lendas é também uma forma de tesouro, por sua vez.

História da Lagoa Encantada voltar

Não muito distante desta cidade, perto do Morro da Mariazinha, há uma lagoa que, segundo o povo, é assombrada.
Dizem que nas suas margens se podia ver, em certas épocas, pescadores. Estranhos pescadores!
Esses pescadores eram ativos e silenciosamente retiravam das águas enormes quantidades de peixes que iam juntando nas margens.
Preocupavam-se tão somente com a pesca, mas... se acontecia de alguém tentar a pescaria nesse mesmo local- estranho fato – nenhum peixe conseguia pegar. Por quê?
Bem, o motivo era que os estranhos e silenciosos pescadores eram fantasmas e, quando as pessoas se aventuravam a pescar aí, os peixes desapareciam, pois a lagoa não tem fundo, de acordo com a opinião popular, pois dizem que já emendaram quatro laços para atingir o fundo, mas não o conseguiram fazer.
Os fantasmas são protetores da lagoa e por isso as pessoas que de alguma maneira “prejudicarem” a lagoa, serão, também prejudicados pelos fantasmas.
A existência da lagoa, bastante profunda por sinal, é verdadeira. È claro, também, que suas águas crescem e baixam de acordo com o nível das águas do rio Caí, que fica próximo. Quanto aos fantasmas pescadores, a fantasia do povo os guarda com esta lenda.

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