O Processo de Colonização

A infra-estrutura mínima do projeto de colonização compreende: sinalização e demarcação da área, zoneamento da propriedade, abertura de vias internas e de acessos (ligação a rodovia, pista de pouso, atracadouro), construção do "galpão" composto de alojamentos temporários, refeitório, oficinas, depósitos, escritórios, sistema de comunicações, ambulatório, grupo de geradores de energia, etc. Para tanto, demanda-se equipes de profissionais de saúde, máquinas, construção, segurança, administração rural, etc - que seriam os próprios membros, em seus projetos iniciais de negócio, p.ex.

Feito isso, os membros produtores primários (agricultura, criação de animais, extrativismo mineral, energia, etc) seriam recebidos e se instalariam nos lotes ou gleba respectivos, dando inicio a ocupação, tudo dentro de um plano.

Todos esses, obviamente, estariam comprometidos com o padrão cultural estabelecido pel projeto, assim como os que viriam depois.

Em seguida, viriam aqueles interessados em explorar serviços de transporte e beneficiamento de produção, oferta de escola para as crianças e jovens, de saúde, de manutenção de instalações, etc. Eles dariam inicio a formação do núcleo urbano.

Uma vez organizada a produção primária, oferecendo alimentos, água, energia, material de construção, etc e a oferta de serviços essenciais e pessoais, como escola fundamental, transporte de produção, serviços de manutenção, barbeiros, etc, teríamos condições para promover outras etapas de desenvolvimento, como a formação de um sistema próprio de midia (ex. TV-WEB), de produção cultural, pequenas industrias, escritórios, lazer, etc.

É importante frisar que o projeto não tem interesse em favorecer simplesmente franquias e filiais de empresas já existentes, principalmente as grandes. Não, o projeto pretende abrir seus espaços para micro e pequenas empresas, novas, ou inovadoras, essa é a sua prioridade.

Considerando a necessidade de compromisso a um padrão cultural diferente e sua difusão interna, a oferta do serviço de ensino e a formação de um sistema próprio de informação e produção cultural são cruciais. Se o projeto não tiver sua própria escola - e boa - e seu próprio sistema de informação comunitária - e bom - o compromisso com o padrão cultural exigido será corroido com o tempo e com a pressão das dificuldades naturais do projeto.

Se o projeto copiar as velhas fórmulas de vida e desenvolvimento, hoje vigentes, a comunidade que ele fará surgir não diferirá em nada do restante da sociedade, e não é isso que queremos, queremos um outro cotidiano, esse é o objetivo maior do projeto. Para tanto, é necessário ter a liberdade, a autonomia, para ensinar e informar, para formar a nossa versão dos fatos, a nossa ciência, instruir com os nossos valores.

Educação diferente, midia própria, energias renováveis, construção ecológica... tudo isso é teoria linda, se sustentando essa vontade não tivermos projetos e negócios viáveis economicamente, por isso o projeto é também um projeto de negócios, comprometidos com o ideal de responsabilidade. Os membros precisarão ter suas fontes de renda para sustentar-se e sustentar o projeto.

 

 

 

 

 

 
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