Tolerância Zero!!!


16/07/2003

               A cena: Homem com vara de pesca na mão, linha na água, sentado em um píer.
               A pergunta: Você está pescando?
               Não, estou dando banho no camarão.
               Não, estou caçando, não vê que estou com uma espingarda?
               Não, eu amarrei meu relógio na ponta da linha e quero ver se ele agüenta mesmo 50 metros de profundidade.

               A cena: A mesma.
               A pergunta: Aqui dá peixe?
               Não, dá tatu, preá, quati... Peixe costuma dar lá no mato, né?
               Aí onde você está nunca deu, mas na água tem muitos.
               Não, não dá. Por isso que é preciso pescar.

               A cena: Sujeito voltando do píer com um balde cheio de peixes.
               A pergunta: Você pescou todos?
               Não, estes são peixes suicidas, e se atiraram no meu balde.
               Não, eles se renderam pacificamente.
               Não, eu cacei. Não está vendo a espingarda? (apontando para a vara de pesca)

               A cena: Torcedores de times adversários se engalfinhando na arquibancada.
               A pergunta: É briga?
               Não, eles estão apenas querendo aparecer na TV.
               Não, foram contratados pelo Fernando Capez para ajudar na campanha contra as torcidas organizadas.
               Não! Como poderia ser briga com tantos cafunés e beijinhos?

               A cena: Torcedores comemorando, gritando "Goooooooooooool!!!".
               A pergunta: Foi gol?
               Não, eles estão comemorando o centenário da Rainha Mãe da Inglaterra.
               Não, eles ficaram assim quando souberam que o salário mínimo foi para R$240,00.
               Não, foi cesta.

               A cena: Sujeito com um cigarro na mão, levando à boca.
               A pergunta: Ora, ora! Mas você fuma?
               Não, eu gosto de bronzear o pulmão também.
               Não, é que tenho ações da Philip Morris e assim eu valorizo os produtos.
               Não, eu coloco na boca e assopro.

               A cena: Sujeito no elevador do prédio, no momento em que pára no subsolo.
               A pergunta: Sobe?
               Não, esse elevador é diferente, ele anda de lado.
               Não, ele só desce, pra subir é preciso usar escada.
               Sim, mas só de meia em meia hora. Aliás, você já comprou a passagem?

               A cena: Edifício pegando fogo, e funcionários saindo correndo pela saída de emergência.
               A pergunta: É incêndio?
               Não, é maremoto.
               Não, isso é uma pegadinha do Sérgio Mallandro.
               Não, o edifício está sendo levemente flambado para realçar o sabor do concreto.

               A cena: Sujeito no caixa do cinema.
               A pergunta: Quer uma entrada?
               Não, quero uma saída.
               Não, quero só bater um papo com você. Como vai? Tudo bem?
               Não, é que eu vi essa fila imensa e queria saber onde ia dar.

               A cena: A mesma, mas com o sujeito apanhando talão de cheques e caneta.
               A pergunta: Vai pagar com cheque?
               Não, vou pagar com dinheiro, é que eu anoto aqui os meus gastos.
               Não, vou pagar com títulos da dívida agrária.
               Não, vou fazer um poema nesta folhinha.

               A cena: Casal abraçadinho, entrando no barzinho romântico.
               A pergunta: Mesa para dois?
               Não, vamos ficar de pé.
               Não, para três! Não quer vir conosco?
               Não, mesa para um e cadeira para dois.

               A cena: Cidadão levando cinco pacotes de batata palha de um supermercado.
               A pergunta: Nossa! Você gosta de batata palha?
               Não, eu como tudo a contragosto.
               Batata palha? Puxa! E eu achando que fosse mortadela.
               Não, eu faço isso pra dar uma força pro supermercado.

               A cena: Sujeito entrando no Fórum João Mendes.
               A pergunta: E aí? Vai ao Fórum?
               Não, vou até a Rua da Glória, é que eu corto caminho por dentro.
               Fórum? Puxa, eu estava achando essa Igreja esquisita, mesmo...
               Não, vou dar um grito daqui e ver se o juiz concede o despacho.

               A cena: Noiva entrando na Igreja, escoltada pelas daminhas de honra.
               A pergunta: É casamento?
               Não, é festa junina. Isso é a encenação da quadrilha.
               Não! Pela roupa dela você logo vê que é uma mãe de santo.
               Não, é um desfile do Ronaldo Ésper.

               A cena: Cortejo levando um caixão no cemitério.
               A pergunta: É enterro?
               Não, é uma prova da gincana maluca do Faustão.
               Não, é mais uma tentativa do David Blane de ser enterrado vivo.
               Não, é o campeonato regional de enterradas.

               A cena: Sujeito corre para buscar o automóvel, parado em local proibido, e vê o guarda anotando no talãozinho.
               A pergunta: O senhor vai me multar?
               Não, estou fazendo uma caricatura sua.
               Não, estou matando palavras cruzadas.
               Não, vou mandar o DETRAN te enviar uma medalha de "Honra ao Mérito".

               A cena: Rapaz sentado na cadeira do dentista, para tratar de um canal.
               A pergunta: Vai doer, doutor?
               Não, você vai sentir cócegas.
               Não, você vai ter um orgasmo.
               Acredite, filho: isso vai doer muito mais em mim do que em você.

               A cena: Bandido encosta um revólver no playboy.
               A pergunta: É um assalto?
               Não, é uma cantada. Quer namorar comigo?
               Não, é roubo. Assalto não é figura típica do Código Penal.
               Não, eu quero seu relógio emprestado para sempre.

               A cena: No aeroporto, homem aponta para um Airbus e fala com um funcionário.
               A pergunta: Meu Deus! Isso voa?
               Não, isso flutua na água.
               Não, isso vai por baixo da terra.
               Não, vamos pela estrada. Aliás, sabe se a Fernão Dias tá com muito trânsito?

               A cena: No velório, sujeito olha para o defunto e dirige-se a um familiar.
               A pergunta: Puxa, ele morreu?
               Não, está só fingindo.
               Não, é que ele tem o sono pesado.
               Sim, mas guarde segredo porque ninguém aqui sabe disso.

               A cena: Funcionários da empresa recebem o holerite.
               A pergunta: É o salário?
               Não, estamos todos sendo demitidos.
               Não, é carnê do baú.
               Não, é um telegrama que recebo todo mês do RH.

               A cena: Negrão com um pandeiro na mão, cantando Zeca Pagodinho.
               A pergunta: Você é sambista?
               Não, sou tenor.
               Não, estou esperando meu parceiro da dupla sertaneja.
               Não, toco violino na Filarmônica de Berlim.

               Namorada (recebendo flores): - São flores?
               Namorado: - Não, são cenouras.

               Banhista fora d'água: - Aí onde você está dá pé?
               Banhista dentro d'água: - Só lá no fundo.

               Apostador (no prado): - A senhora gosta de corrida de cavalos?
               Apostadora: - Não, eu venho aqui pra sofrer.

               Médico: - Dói?
               Paciente: - Não, eu estou gritando só pra assustar a enfermeira.

               Senhora (ao ver um senhor acendendo um charuto): - O senhor fuma charuto?
               Senhor: - Não, senhora, é que eu estou treinando para pai-de-santo.

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