Alemanha - Hermann Goering



O arquiteto do estado policial. Hermann Goering foi um dos l�deres do Partido Nazista e um dos principais arquitetos do estado policial nazista na Alemanha. Condenado � forca pelo Tribunal Militar Internacional em Nuremberg, em 1945, tomou veneno e morreu na noite em que deveria ser executado, 15 de outubro de 1946. Goering nasceu na Bav�ria, Alemanha, em 12 de janeiro de 1893. Era o segundo filho da segunda mulher de Heinrich Ernst Goering, na �poca c�nsul-geral da Alemanha no Haiti. Sua fam�lia voltou a se reunir na Alemanha quando seu pai se aposentou em 1896. Goering foi criado nas proximidades de Nuremberg, no pequeno castelo de Veldenstein, cujo propriet�rio era Hermann Ritter von Epenstein, um judeu que at� 1913 foi amante de sua m�e e padrinho dos filhos dela. Treinado para ter uma carreira no ex�rcito, ele recebeu sua patente em 1912 e serviu com distin��o durante a Primeira Guerra Mundial, participando da embrion�ria for�a a�rea. Em 1918 tornou-se comandante do celebrado esquadr�o no qual serviu o grande aviador alem�o Manfred Freiherr von Richthofen. Goering ficou t�o ressentido com o tratamento dado pela popula��o civil aos oficiais do ex�rcito durante o conturbado per�odo ap�s a capitula��o alem� na Primeira Guerra que abandonou o pa�s. Depois de um per�odo como piloto comercial na Dinamarca e Su�cia, retornou � Alemanha e se uniu ao pequeno Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha no final de 1922. Como ex-oficial, recebeu o comando das tropas de choque de Hitler (as SA, Sturmabteilung). Goering participou do abortado golpe de Munique de novembro de 1923, no qual Hitler tentou prematuramente tomar o poder. Durante o putsch, foi seriamente ferido na virilha, mas conseguiu escapar para a �ustria. Tomando morfina para anestesiar a dor de seus ferimentos, tornou-se t�o viciado na droga que por duas vezes teve de se submeter a tratamento. Ao voltar � Alemanha em 1927, onde seus contatos com industriais se mostraram �teis, foi levado de volta � lideran�a do partido. Ocupou um dos 12 assentos no Reichstag (Parlamento) que o Partido Nazista conquistou na elei��o de 1928. Desta forma, Goering se tornou o reconhecido l�der do partido na C�mara baixa e, quando os nazistas ganharam 230 cadeiras na elei��o de julho de 1932, foi eleito presidente do Reichstag. A �nica preocupa��o de Goering no Reichstag era a de minar o sistema democr�tico. Ele tinha a simpatia do presidente Paul von Hindenburg, 84 anos, e usou sua posi��o para sabotar sucessivos chanceleres, at� que Hindenburg foi finalmente for�ado a convidar Hitler para o posto em 30 de janeiro de 1933. A batalha por poderes ditatoriais, entretanto, ainda n�o estava ganha. At� a aprova��o, em 23 mar�o, de um projeto de lei dando a Hitler poderes irrestritos, Goering foi um batalhador incans�vel. Usou sua nova posi��o como ministro do Interior na Pr�ssia, o maior e mais influente estado da Alemanha, para infiltrar o nazismo na pol�cia prussiana e criar a Gestapo, a pol�cia pol�tica secreta. Ele tamb�m estabeleceu campos de concentra��o para o "tratamento corretivo" de oponentes dif�ceis. Como um dos mais leais partid�rios de Hitler, Goering garantiu prest�gio inabal�vel pelo resto da d�cada de 30. Foi o comiss�rio do Reich para a avia��o e chefe da rec�m-criada Luftwaffe, que foi mascarada como um empreendimento civil at� mar�o de 1935. Em 1936 Hitler o fez comiss�rio do Plano de Quatro Anos para a economia de guerra. Goering foi o mais popular l�der nazista, n�o apenas entre o povo alem�o mas tamb�m entre os embaixadores e diplomatas das pot�ncias estrangeiras. Usou sua posi��o inexpugn�vel para enriquecer a partir da espolia��o dos judeus na Alemanha e em v�rios territ�rios que ca�ram sob o dom�nio de Hitler. Foi a Luftwaffe comandada por Goering que teve participa��o decisiva nos "blitzkrieg" que esmagaram a resist�ncia polonesa e possibilitaram ao Reich a conquista de um pa�s ap�s o outro. A queda na Batalha da Inglaterra, por�m, come�ou a abalar o prest�gio que mantinha com o F�hrer. Alegando problemas de sa�de, ele se retirou para a vida privada. Hitler percebeu em pouco tempo que n�o podia descartar um homem t�o intimamente identificado com seu regime e trouxe-o de volta. Nos �ltimos dias da guerra, apoiando-se em um decreto de 1939, Goering tentou assumir os poderes de F�her, acreditando que Hitler estava cercado e derrotado em Berlim. Esperava ser tratado como um plenipotenci�rio quando, depois do suic�dio de Hitler, se entregou aos americanos. Fez uma h�bil defesa ante o Tribunal Militar Internacional de Nuremberg, que o julgou como criminoso de guerra. Negou qualquer cumplicidade com as atividades mais hediondas do regime, que garantiu serem trabalhos secretos de Himmler. Depois de sua condena��o, quando foi recusado seu pedido para que fosse fuzilado em vez de enforcado, se envenenou e morreu em sua cela de Nuremberg.


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