Reflexões Sobre o Oitavo Trabalho


O Alquimista. Desenho de Sergio Rodrigues.

O Oitavo Trabalho nos traz a reflexão uma chave para lidar de forma efetiva com os setores negativos de nossa personalidade, de nosso subconsciente. No Mito, quando Hércules decepa uma das cabeças da Hidra, duas outras assumem seu lugar demonstrando que nossos aspectos obscuros ganham força quando o enfrentamos diretamente e queremos destruí-los. Por quê isso ocorre?

Podemos entender essa questão de duas maneiras:

a- Quando nos revoltamos, pensamos, analisamos ou vivemos esses "defeitos", nós energizamos esses setores obscuros de nossa personalidade. Os defeitos alimentam este setor obscuro do subconsciente.

b- Quando enfrentamos nosso obscuro — nosso subconsciente —ficamos em seu nível, fator que o energiza também.

O ideal é nos elevarmos em consciência ao nível da Luz, como nos é ensinado simbolicamente no Mito — Hércules suspende a Hidra e a mantém na Luz e no ar puro. Manter a consciência elevada faz com que a cada vez que um ponto obscuro nos chega, ele seja automaticamente dissolvido na Luz. Isto já é possível a Hércules porque ele já ultrapassou os oito portais. Fato comprovado quando o Instrutor afirma que a luz de Hércules já está unificada com a Luz do Oitavo Portal (no texto da Alice B.).

É evidente que esse desenvolvimento exige que tenhamos trabalhado os opostos como no Sexto Trabalho e desenvolvido o caminho do meio feito no Sétimo.

A aplicação prática sugere que busquemos a elevação através do serviço preferencialmente nos setores desenvolvidos no Sexto Trabalho como forma de aprofundar ainda mais o amadurecimento da consciência. Por exemplo, no sexto Trabalho, ao identificar a mesquinharia como característica negativa do polo feminino, a proposta era desenvolver o oposto masculino positivo, ou seja, a generosidade. Portanto, a sugestão é que se sirva onde for necessário aplicar a generosidade. É importante também não esquecer a necessária aspiração simbolizada pelos dardos atirados no interior da caverna.

O signo correspondente a este capítulo é escorpião que simboliza um grande processo de transformação entendido por muitos estudiosos com o signo da morte. Plutão, regente deste signo, aponta para uma descida às profundezas por meio de vivências intensas, por vezes dolorosas, de situações traiçoeiras, pantanosas.

O material do subconsciente é tanto profundo quanto obscuro. É necessário já ter algum desenvolvimento, como o já oferecido até aqui por Hércules, para purificá-lo pois trata-se de um material perigoso e corre-se o risco de reforçá-lo.


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