Reflexões sobre o Sexto Trabalho


A cada novo Trabalho fica mais evidente a necessidade de se estar fazendo todos os Trabalhos ao mesmo tempo, cumulativamente. Existe uma intrínseca relação entre os Trabalhos e sua seqüência. Para desenvolver o alinhamento do corpo físico, do emocional e do mental, com a vontade intuitiva, objetivo do Quinto Trabalho, é preciso ter desenvolvido o intuitivo, objetivo do Quarto Trabalho. Para receber uma intuição, o mental precisa estar elevado (Primeiro Trabalho), o emocional encaminhado (Segundo Trabalho) e o físico qualitativamente ativado (Terceiro Trabalho).

Se o estudante não está conseguindo desenvolver as propostas dos Trabalhos, significa que alguns aspectos dos ensinamentos dos Trabalhos anteriores não foram vivenciados, assimilados integralmente. É preciso ter humildade para compreender que essa assimilação está relacionada com todo um ciclo de existência, que ela ocorre desde o início da vida e ganha impulso especial quando é feita conscientemente. De modo que as facilidades e dificuldades encontradas em cada Trabalho estão relacionadas ao que já foi exercitado nos momentos anteriores da existência de cada um. Se você não está tendo sucesso em efetivar o Trabalho do momento atual, deve voltar a aplicar o(s) Trabalho(s) anterior(es), em especial, aquele(s) em que você ainda encontra dificuldades, aquele(s) em que você ainda não consegue vivenciar amplamente. Volte e pratique-o(s) por mais algum tempo e torne a voltar ao Trabalho atual. Você perceberá resultados quando houver mudança real no enfoque das situações cotidianas e na transformação da sua atitude frente às dificuldades pessoais corriqueiras.

A partir do sexto Trabalho, que está relacionado ao signo de Virgem, onde se iniciam as ampliações mais profundas se consciência (nasce a consciência da Criança Sagrada), fica evidente a dificuldade de perceber mentalmente toda a profundidade do ensinamento contido nos Trabalhos, pois doravante estaremos no nível intuitivo. Por isso, agora não teremos comprovação clara do que estamos realizando porque sua verificação direta não é mais possível facilmente. A aplicação prática dos próximos Trabalhos será entendida como representação simbólica do que ocorre na essência do referido Trabalho. No Mito "As Éguas Devoradoras de Homens" desenvolve-se o pensamento atuando diretamente nele, através da troca, por exemplo, de um pensamento crítico, destrutivo, por outro oposto — construtivo. Já no Mito "Apoderando-se do Cinto da União" por intermédio de um trabalho nas polaridades busca-se a unidade que representa a perfeição da condição humana, e que não é tão diretamente compreensível para nós,.

A característica do signo de Virgem é, pelo senso comum, a rotina, é o que se faz na vida metodicamente; do ponto de vista mais sutil, mais interno, é a busca da perfeição, essência deste sexto Trabalho. É zelar, cuidar atentamente da evolução superior, da "criança humana".

Dessa forma, a aplicação prática possível é cuidar metodicamente do aperfeiçoamento humano por meio da substituição das dificuldades humanas pelas virtudes opostas. Quando Hércules mata a rainha, ele mostra uma determinada dificuldade humana devidamente compensada pela atitude seguinte onde ele pratica a virtude oposta: retirou a vida da rainha e salvou depois a vida de Hesione.

Em função da aplicação prática sugerida para o Trabalho atual, é importante que já se tenha desenvolvido certos aspectos da sexualidade, uma vez que será necessário praticar aspectos positivos masculinos em seres femininos e positivos femininos em seres masculinos, o que em síntese é unir as polaridades.

 


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