CRISE ENERGÉTICA – A SOLUÇÃO FINAL: Na época do apagão e do racionamento de energia elétrica, uma pequena brincadeira. Diante de tanta escuridão e políticas governamentais obscuras, era rir pra não chorar.
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Crise Energética – A solução final!
Agora
eu fico rico! Acabei de bolar uma idéia sen-sa-ci-o-nal para resolver de uma
vez por todas o problema energético brasileiro. Trata-se de uma solução simples
e que requer pouquíssimo investimento. Nada de construir mais barragens,
usinas, desviar cursos de rios, inundar kilômetros e mais kilômetros de
reservas ambientais. Também nada de
investir milhões de dólares na caríssima e perigosa energia nuclear. Tampouco
construir mais das poluentes usinas termelétricas. Energia solar? Energia
heólica? Que nada... isso é coisa de neo-hippies.
Minha solução
passa por potencializar a energia produzida na estrutura atual. Por exemplo,
uma usina hidrelétrica que produza uma média de 20.000 KW por hora, passaria a
Ter essa produção triplicada, sem ter para isso que instalar uma única nova
turbina. E o segredo não é nada do outro mundo. Está aqui mesmo em nosso rios
da Amazônia. Falo do famoso peixe-elétrico, conhecido como Poraquê. A idéia é
transformar as represas das hidrelétricas em imensos viveiros de poraquê. Todos
sabem da curiosa propriedade desse animal, de emitir descargas elétricas de mais
de 220 w. Ora, porque não botar esses bichinhos para produzirem eletricidade
para nós? Imagine uma represa repleta de poraquês, descarregando eletricidade
em suas águas. Essa eletricidade seria captada por eletrodos gigantescos e
transmitidas para as unidades de armazenamento de energia. Seria somada à
energia produzida normalmente pelas águas nas turbinas da usina e distribuída
como sempre foi, pelas linhas de transmissão até nossos lares.
Pense
na quantidade de energia que poderíamos gerar. Pense em como ficariam mais
baratas as tarifas de energia elétrica. Poderíamos desenvolver, inclusive, modelos de geradores residenciais com várias
potências, todos movidos a peixes-elétricos e tudo que precisaríamos fazer seria
alimentar os bichinhos. Já imagino as campanhas publicitárias: “O novo gerador
Poraquê CVS permite que você gere sua própria energia, com um mínimo de
investimento. Para que pagar os tubarões se você resolve tudo com peixes?” Ou
então: “Por quê poraquê? Para quê você economize sem Ter que ficar no
escuro”. “Poraquê CVS: nos modelos
Família (ilumina uma casas de 3 quartos, usando 15 peixes), Escritório (8
peixes, fazendo funcionar até 32 lâmpadas fluorescentes) e camping (dois peixes
para ligar a gambiarra). Para as crianças, lanterninhas de poraquê, com
alevinos num tubo transparente, substituindo as pilhas tradicionais.
E
os desdobramentos de tudo isso? Imagine a quantidade de novos empregos que
seriam gerados nas fábricas de comida para peixe. Quantos novos produtos!
“PoraquêPower – mais energia para o seu peixe elétrico. Agora também com
aditivos alcalinos.” “Seu poraquê anda fraco, descarregado? RechargeFish 900 –
o revitalizante energético do seu peixe. RechargeFish 900 é chocante!”
Já
requisitei patente de minha idéia e agora vou apresentá-la ao Fernando
Henrique. Mas tenho a impressão que ele vai dizer que não sabia que esse peixe
existia no Brasil, afinal ninguém nunca avisa nada pra ele.