!Vitória militar para a Iugoslavia!
!Derrotar e expulsar o imperialismo ianque e a OTAN dos Balcás!
1 - Neste momento, uma alianza militar encabezada pelos EUA, composta por dezenove países e a mais avangada tecnologia bilica do planeta, desencadeia um bombardeio aireo sob um dos países mais pobres da Europa. Uma chuva de mísseis cruzadores americanos destrói varias cidades na Federasao Iugoslava (composta pela Sirvia, Montenegro e Kosovo), entre elas Belgrado e a própria capital de Kosovo, Pristina. Ainda no sabe-se quantas centenas de sirvios serco assassinados pelos projiteis imperialistas, mas ati o momento pelo menos cinquenta civis ja foram mortos em funzo dos covardes bombardeios. Os resultados do ataque deixarco dolorosas cicatrizes na populasao que ja vive ha mais de uma dicada sob a condizo de semicoltnia segregada por um criminoso bloqueio económico internacional. A frente imperialista conta com a colaborasao ativa de todos os governos sociais-democratas europeus, por sinal, os bombardeios partiram de bases situadas na Italia do premier Massimo DAlema, ex-dirigente do Partido Comunista Italiano. O ataque, justificado por seus autores sob "razues humanitarias" tambim aprofundara enormemente a misiria no apenas das massas sirvias, mas tambim albanokosovares, destruindo o que havia ficado de pi da economia iugoslava após uma dicada de guerras.
2 - O primeiro passo para o ataque foi a retirada do exircito de 1.400 observadores da Organizasao para Seguranga e Cooperasao da Europa (OSCE), que desde outubro de 98 estavam na Federagco Iugoslava em nome de garantir o cessar fogo entre sirvios e kosovares, mas na verdade dedicavam-se a espionagem, fazendo um levantamento das melhores condigues para o ataque da OTAN e instalasao de sua base militar na regico. Uma manobra que ja esta ficando bastante conhecida e foi aplicada recentemente no Iraque pelos EUA, em nome de uma suposta fiscalizasao internacional as grandes poténcias infiltram agentes para recolher informagues áteis a um ataque futuro sobre o pams inspecionado. Mas essa nco i a única semelhanga entre o conflito atual com as Guerras ianques contra o Iraque, assim como Saddam Hussein, a mídia burguesa mundial tratou de apresentar o inimigo, Milosevic, como o grande satá da ocasico, o novo Hitler, etc. como sempre faz nestes momentos para justificar a canificina dos bombardeios sobre os países oprimidos dirigidos por ditadores. Tambim como o povo iraquiano, os sirvios vivem sobre um criminoso bloqueio económico imperialista imposto pelos governos "democratas" e sociais-democratas dos EUA e Europa.
3 - A asao criminosa foi determinada mesmo após Milosevic capitular uma a uma `s concessues exigidas nas negociagues de Paris, aceitando a autonomia de Kosovo nos moldes impostos pelos organismos capitalistas internacionais. Clinton e os governos sociais-democratas da Europa advogam o bombardeio porque Belgrado no concordou em permitir a intervengco militar estrangeira de 28 mil soldados em seu território, numa demonstrasao que a ocupasao no i o meio para fazer valer os "acordos de paz", mas um fim em si mesmo. O objetivo da OTAN i fincar uma base militar avangada na Europa Oriental. Por isso, definiram para os kosovares uma autonomia tutelada pelas baionetas das tropas imperialistas por um prazo mínimo de 3 anos. Neste período, alim de desarmar as forgas sirvias da regico de Kosovo, pretendem tambim desarmar o ELK. Submeter-se a autonomia tutelada pelo imperialismo i para os kosovares ficar sob condigues de opressco nacional ainda piores do que vivem hoje. Os próprios bombardeios aireos sofridos esses dias pelos kosovares em Pristina, na capital da província de Kosovo so uma demonstragco dos verdadeiros mitodos a serem aplicados pelo imperialismo em Kosovo.
4 - Apesar das diregues pró-imperialistas kosovares que hoje reivindicam a intervensao estrangeira, a guerrilha albano-kosovar tem sido um problema permanente para os EUA e as poténcias europiias, extrapolando os limites fronteirigos iusgoslavos impostos pelos planos de paz. A luta pela libertasao nacional albano-kosovar tem insuflado os albaneses das fronteiras vizinhas, particularmente na Albbnia, que desde o levante popular de 97 vivem sob outra intervensao militar da OTAN, e na Macedónia, onde tambim existe uma significativa populasao de origem albanesa. "Na imprensa albano-macedtnia se idolatra aos irícos lutadores do outro lado da fronteira, e o terreno esta pronto para o aparecimento de opgues políticas mais radicais que as representadas pelos principais partidos albano macedónios atualmente existentes." (El país, 23/03/99). Por isso i que o imperialismo sabe que a intervensao militar no sera um passeio tranquilo nem rapido, "ja se fala de cinco anos como primeiro prazo de permanéncia para as tropas da OTAN no sul dos Balcás." (idem).
5 - A intervengco vem causando o acirramento crescente de ánimos entre os Washington e Moscou. A Rzssia, após a restaurasao capitalista, foi transformada numa semicolónia do imperialismo mas continua a possuir um dos maiores arsenais do planeta e sabe que a extensco do mando militar da Alianga Atlántica sob os Balcás esta direcionada ao leste europeu no sentido de ocupar o espago de influéncia militar e política antes pertencente ao Pacto de Varssvia. Os EUA vem aumentando a correlasao de forgas a seu favor no leste e no i por coincidéncia que dois antigos Estados operarios acabam de ingressar na Alianga Atlántica do imperialismo. Preocupados com o avango imperialista ianque, os dirigentes russos alertaram para a intensidade do conflito. O primeiro ministro Primakov declarou que o recurso da forga "causaria um profundo efeito desestabilizador na Iugoslavia, em Kosovo, no conjunto da Europa e em todo o mundo."(El país, 23/03/99). Ja o ministro da Defesa, Sergueiev disse que "os bombardeios, provocariam um segundo Vietná, mas desta vez, dentro da Europa." (Folha de Sao Paulo, 24/03). Mas a oposisao da Rzssia ao ataque no vai alim de declaragues na imprensa mundial, subordinando-se covardemente `s ameagas de Clinton de que tambim bombardearia qualquer país que prestasse ajuda militar ` Sirvia. Mesmo assim, seus "protestos" so feitos no por razues humanitarias mas por temer que o próximo passo da OTAN no leste europeu seja intrometer-se nas próprias repúblicas fronteirigas onde ela exerce sua opressco nacional, alim de tentar preservar seus interesses comerciais com a Iugoslavia, grande compradora de seu arsenal bilico.
6 - Neste momento, i preciso defender a populasao sirvia colocando-se incondicionalmente no campo militar da Iugoslavia. Vitorioso, o imperialismo estara em melhores condigues para exercer o seu domínio sob a Europa, recolonizar o leste europeu e explorar o restante dos povos do planeta. Por sua vez, a derrota da OTAN da um grande impulso ` luta antiimperialista e de libertasao nacional nos Balcás, no corasao do leste europeu, enfraquece os governos sociais-democratas que atacam as conquistas trabalhistas e sociais dos trabalhadores e ao mesmo tempo pue em xeque a própria ditadura de Milosevic.
7 - As correntes da esquerda que se opuem a defender a vitória militar para a Iugoslavia em nome do carater sanguinario de Milosevic poderiam usar o mesmo critirio para no apoiar o Iraque contra os bombardeios dos EUA. Por acaso, Saddam Hussein seria menos sanguinario que Milosevic? A única forma de parar o chauvinismo de Milosevic sem criar uma nova condisao de opressco na Iugoslavia sob as baionetas do imperialismo i derrotando neste momento as forgas da OTAN a partir da unidade antiimperialista na Iugoslavia. Libertando o país do imperialismo, quebram-se as condigues de opressco que geraram o chauvinismo sirvio, deixando a populasao em melhores condigues para acertar as contas com o Milosevic. Mas hoje, recusar-se em estabelecer uma frente única militar com a Iugoslavia contra a OTAN i apoiar tacitamente os bombardeios imperialistas.
8 - No existe nenhuma samda na política das diregues nacionalistas sirvias ou kosovares. Milosevic tenta desviar a insatisfagco popular com a crise económica do país para o chauvinismo contra as minorias itnicas e os dirigentes de etnia albanesa, Rugova e o ELK buscam livrar-se do jugo sirvio acabando por pactuar com uma nova servidco que se dara pela falsa autonomia tutelada pela OTAN. As massas kosovares e sirvias no podem cair neste beco sem samda. Os trabalhadores sirvios nada tém a ganhar com a opressco exercida pelo governo capitalistas de Belgrado sob a etnia albanesa kosovar e devem lutar por sua autodeterminasao, pelo direito de cessionar-se da Iugoslavia e unirem-se aos albaneses da Albbnia e Macedónia se assim o desejam. Desta forma, i possmvel inclusive ganhar os kosovares que víem com desconfianga as manobras imperialistas para lutar pela expulsao da OTAN dos Balcás. I preciso construir a unidade proletaria das massas dos balcás contra o principal inimigo dos povos do planeta, o imperialismo, forjando um partido revolucionario internacionalista na regico, que rompa com as diregues nacionalistas e aponte o caminho da diresao proletaria para derrotar e expulsar a OTAN e o imperialismo da regico construindo uma Federasao das Repúblicas Socialistas dos Balcás.
9 - Chamamos a todas as correntes que reivindicam a defesa dos povos oprimidos a realizarem atos, marchas e mobilizagues de protesto nas embaixadas das poténcias imperialistas contra o ataque da OTAN ` Iugoslavia, reivindicando a retirada imediata de todas as tropas e o fim imediato dos bombardeios dos Balcás. I preciso unificar a luta em defesa do povo iugoslavo com o combate aos governos pró-imperialistas latino americanos que apóiam esta investida militar.
27 de Marzo de 1999
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA - LBI (Brasil)
Partido Obrero Revolucionario - POR (Argentina)
Fracción Trotskysta (Brasil)
Comité Iniciativa Obrera Socialista - CIOS (Argentina)
Grupo Trotskysta ortodoxo (Brasil)
Comité de Enlace de Militantes por una Internacional Comunista Revolucionaria - CEMICOR /LCMRCI
Poder Obrero / LCMRCI (Bolivia)
Poder Obrero / LCMRCI (Peru)
Grupo Comunista Revolucionario /LCMRCI (Nueva Zelandia)