A 25 de abril
de 1977, o cabo Armando Valdés desaparecia em plena noite sob os
olhos de seus soldados: uma bola luminosa imensa lá estava a algumas
dezenas de metros de uma fogueira que brilhava na noite. Graças
à agência France Presse, um jornalista chileno, correspondente
da agência internacional, tinha recebido instruções
para seguir permanentemente o caso e obter o máximo de precisão
sobre as seqüências deste encontro de terceiro grau. Infelizmente,
o cabo Armando Valdés e seus sete soldados não podiam ser
achados, pois tinham sido literalmente seqüestrados pelos serviços
especiais do Exército chileno. Chegar ao contato de Valdés
era algo impossível.
Arica, Chile, novembro de 1978
Pergunta. - Cabo Armando Valdés, depois de 18 meses, e considerando o acontecimento com mais ca/ma, poderia contar-nos de novo e resumidamente sua experiência?
Cabo Valdés. - Era um dia comum, durante o qual eu efetuara o serviço que me incumbia. de maneira rotineira. Por volta de meia-noite e trinta ou quarenta mais ou menos, um dos meus homens, que, com outro estava no posto a pouco mais de 30 ou 40 metros do lugar em que nos encontrávamos, chegou correndo para nos fazer saber que alguma coisa estava para acontecer naquele instante.
No começo, eu pensei que se tratasse de um problema com os animais que estavam sob nossa guarda, ou que alguém do campo de Putre se aproximava.
Então, quando eu saí com quase todos os meus homens para ver o que estava acontecendo, pude ver, assim como todos os outros, uma grande luz que descia a grande velocidade, diante de nós, sobre uma pequena colina de 500 a 600 metros.
Logicamente, pensei na luz de algum cometa ou de qualquer coisa assim. À primeira vista, aquilo parecia mais um fogo de artifício, mas depois de alguns segundos, a luz se manteve parada e aumentou rapidamente, para finalmente desaparecer atrás do morro. É preciso dizer que um grande ciarão saía de trás daquela elevação, como se a luz se tivesse mantido atrás daquele topo.
lmediatamente, quase instantaneamente - e disso, me lembro bem - pensei em ir ver aquela luz, acompanhado de um dos meus homens. Mal tinha dado a ordem, quando um dos meus homens não me lembro mais qual deles - deu alerta para outra direção, muito diferente do ponto para a qual estávamos todos concentrados, quase à nossa esquerda.
O que vimos em seguida nos encheu de espanto e mesmo de medo no começo. Ninguém naquele momento supusera que se tratasse de um OVNI ou de qualquer coita desse gênero.
Era uma luz de 20 metros de diâmetro mais ou menos - já não me lembro bem disto - de forma oval e mais resplandecente no centro. Via-se claramente que aquela luz era produzida por qualquer coisa. . . Mas qual? Eu não sei.
Quanto a mim, como chefe da patrulha, convinha que tomasse uma iniciativa qualquer. Pus-me então a gritar com todas as minhas forças para aquela luz, pedindo sua identificação, etc., mas sabendo bem, no meu íntimo, que não obteria coisa alguma e que estava falando ao nada.
Um momento depois, os animais e os cavalos que lá se encontravam começaram a se comportar de maneira estranha diante daquele fenômeno. Por exemplo, o gado se reagrupou em redor de seus elementos mais velhos, como faz quando está livre. Olhavam todos para a luz provando-nos assim que viam também o fenômeno.
Tudo aquilo nos fazia supor que estávamos na presença de qualquer coisa estranha e talvez mesmo perigosa, uma vez que os próprios animais estavam com medo do fenômeno.
Ao final de algum tempo - não saberia dizer quanto - dei a ordem de apagar o fogo que nós mantínhamos aceso, supondo que poderiam ser suas chamas que estivessem atraindo a atenção daquela luz. Devo também assinalar que o fogo crepitava de maneira anormal. Foi pois com a intenção de apagar a fogueira que nos separamos, afastando-nos uns dos outros quatro ou cinco passos, não mais.
Tive, então, uma idéia. Agora, mais calmo, e tendo quase esquecido o caso, não sei explicar por que comecei a avançar para a luz. Sabia - creio - que nada obteria. Foi como qualquer coisa de estranho, como uma força que me tivesse impulsionado para ir ao encontro dela, a seis ou sete passos normais do lugar em que se encontravam meus homens.
A partir daquele momento, não me lembro mais nada. Sei unicamente o que os meus homens, quase espontaneamente, me contaram no dia seguinte.
Conforme eles, eu desapareci de suas vistas, para reaparecer mais tarde no mesmo lugar em que se supunha que eu tinha desaparecido. Sentia-me estranho, dizia coisas incoerentes em meio a umas espécies de espasmos e de crises de histeria. Posso afirmá-lo, agora que relembro tudo aquilo com mais calma.
Eu me recordo de que ao voltar a mim, de manhã, me encontrei sentado, sem saber como poderia estar naquela posição. Por instantes, pensei que tinha adormecido, mas lembrando-me de tudo o que tinha acontecido. Lembro-me ainda de ter chamado meus homens para lhes perguntar se de fato se tinha passado alguma coisa. No fundo, acreditava que aquilo tinha sido um sonho e eu não queria passar ridículo diante deles. Mas não foi assim. Meus homens confirmaram, com detalhes, tudo o que se tinha passado, e diria que para mim, até o presente, tudo aquilo parece inacreditável ou quase impossível de se acreditar.
O que se passou em seguida é longo para contar: deram-se várias coisas comigo. Sentia uma grande fadiga corporal e uma forte dor nos rins, como se tivesse feito grandes esforços. Lembro-me de que naquele dia, em menos de duas horas, fumei quase uma carteira de cigarros. Estava à beira de uma crise de nervos, o que podia observar também todo o pessoal que se encontrava comigo no campo de Putre.
Todos repararam que minha barba parecia de 10 dias e eu a tinha feito na véspera. O estranho era que meus homens não apresentavam essa característica. Tinham apenas experimentado um choque nervoso e se tinham inquietado sobretudo comigo. Era eu que me apresentava mais nervoso. . . como dizer. . , estava com os nervos mais exaltados.
Quando, agora, repasso tudo mais
calmamente, minha barba, meu nervosismo, minha extrema fadiga física,
tudo enfim que se passou naquele momento, minha maneira de agir, minha
aparição naquele dia, como se eu tivesse partido em patrulha
uns dez dias mais ou menos, o fato de que o calendário de meu relógio
avançara 5 dias e o fato de que ele ficou parado durante quase todo
o acontecimento, não encontro nenhuma explicação para
tudo aquilo.
Pergunta. - Que pensa você
agora daquela experiência, bem como os membros da patrulha que o
acompanhavam?
Pergunta. - Há outros detalhes sobre o ocorrido de que você se tenha lembrado depois, quer dizer, nos meses seguintes?
Cabo Valdés. - Para dizer verdade, eu tentei - pelo menos na época - lembrar-me de qualquer coisa que me pudesse explicar o que se passara. Mas não consegui. Não me recordava de nada.
Pergunta. - Nestes últimos tempos, você teve de novo experiências com os OVNI?
Cabo Valdés. - Absolutamente não.
Pergunta. -Que pensa agora a respeito dos OVNI?
Cabo Valdés. - Para mim seria tão natural vir a saber que é alguma coisa de um outro sistema, como de ter a prova de que todos esses fenômenos são produzidos por elementos naturais ou talvez pelo homem, em qualquer parte.
Pergunta. - Após essa experiência, a que exames você foi submetido?
Cabo Valdés. - Fora das perguntas formuladas pelos jornalistas, submeteram-me a um eletroencefalograma, e a ser examinado por psicólogos, parapsicólogos, médicos e por especialistas, com uma quantidade de testes psicológicos de toda a sorte, quanto sei. Fizeram-me todos esses exames, no Hospital Militar de Santiago do Chile. E por último, o que mais me surpreendeu o exame a que me fez submeter o major Eduardo Arriagada, do Estado-Maior: ao detetor de mentiras.
Pergunta. - Você foi submetido, por exemplo, a uma hipnose? E se afirmativo, quais foram os resultados dessa prova?
Cabo Valdés. - Não me fizeram exame algum dessa espécie, embora me tivessem feito a este propósito numerosas propostas vindas de diferentes meios, até mesmo de certos países que se comprometeram a levar a bom termo essa empresa sob sua tutela e com todas as garantias. Isso me foi igualmente proposto pelo Hospital Militar. Mas até o presente - e agora menos que antes não aprovei esse tipo de exame.
Pergunta. - Este caso o afetou psicologicamente?
Cabo Valdés. - Até o momento, não constatei mudança e isso não me tem preocupado.
Pergunta. - Você tem tido sonhos estranhos?
Cabo Valdés. - Muito, mas não creio que tenham a ver com o caso. Uma vez apenas, e não estava sonhando. Alguns dias após o acontecimento de Arica, sucedeu-me o seguinte. Estava deitado ao lado de meu companheiro de quarto, com a luz acesa. De repente, senti uma estranha sensação em mim. E imediatamente - pela primeira vez - a liguei ao fenômeno de dias atrás. Senti-me inteiramente imobilizado e com os olhos completamente abertos.., desperto... Senti uma forte pressão sobre o peito, e em seguida, uma pressão sobre o corpo todo. Senti ainda qualquer coisa me tocar - não sei o quê - qualquer coisa que tentou me levantar pelo dorso. Tentei-me mexer e pedir a ajuda ao meu companheiro, que se encontrava naquele compartimento, de costas ou sob as cobertas - não me lembro bem. Não me entre- guei. Mas meu esforço foi tal que lutei - psicologicamente ou fisicamente, não sei - contra aquela pressão, até que consegui escapar de tal força. Ao mesmo tempo, dei um grito terrível, chamando meu companheiro que saltou da cama para verificar o que tinha acontecido.
Estava completamente suado e extenuado, tomado por uma grande exaustão. Naquela noite, não dormi mais.
Estranho foi que meu companheiro não tinha percebido nada e eu tinha acabado de me deitar. Tinha terminado de ler uma revista.
Até o presente, fora a experiência que tinha tido, esta foi a que me causou mais medo. Não gostaria de passar de novo por isso.
Pergunta. - Há pessoas que tenham tido experiências semelhantes com OVNIs e que tenham tido contato com vocês?
Cabo Valdés. - Sim, mas não semelhantes. Muito próximos.
Não me lembro de seus nomes porque a maior parte deles me contou seus casos por acaso, quando me encontravam em algum lugar e me reconheciam ou lhes dizia meu nome.
Há somente uma história
mais especial de um colega de trabalho, referente à sua esposa que
recentemente tem sentido e ouvido certas coisas. Ele a tem visto levantar-se
e escrever, fazer equações, cálculos, coisas de que
ela é a primeira a se admirar, pois ignora a que se referem os resultados.
Também faz estranhos desenhos cujo significado desconhece.
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