Os
astrônomos norte-americanos e soviéticos empreenderam um programa
comum, que consistia em alcançar os meios de comunicar-se com eventuais
civilizações extraterrestres. Esta questão foi longamente
examinada num dia de setembro de 1964 no observatório de Burakane
em Evran. Esta assembléia extremamente séria era presidida
pelo acadêmico Ambartscumian, presidente da União Internacional
Astronômica. Durante esta reunião, analisou-se o problema
sob todos os ângulos. Um dos maiores especialistas mundiais de rádio-astronomia,
o prof. Shklovski resumiu as conclusões deste encontro: "Devemos
desde agora sondar o cosmos para tentar entrar em contato com eventuais
civilizações extraterrestres. Supondo-se que uma civilização
extraterrestre exista e que seja mais avançada do que a nossa, pode-se
pensar que ela emite sinais no cosmos. As ondas rádio-decimétricas
e centimétricas deveriam permitir uma comunicação
entre sistemas solares".
Cena do filme "Contato", baseado no livro de Carl Sagan. |
Kellerman escuta...
Partindo desses dados é que o professor australiano Kellerman relançou, no início de 1965, o interesse pelos misteriosos sinais do espaço que seriam transmitidos por uma super-civilização instalada em um distante planeta. Mensagens foram captadas no observatório de Parkes no Estado de Nova Gales do Sul por um rádio-telescópio gigante. A fonte de energia captada em Parkes foi denominada 1934-63. Recorda-se que os Soviéticos Kardachev e Chklovsky tinham notado traços de uma emissão muito potente atribuída também a uma civilização avançada situada em CTA 102 a vários bilhões de anos-luz. A intensidade das emissões recebidas em nosso globo revelaram então que os meios de que se dispõem neste planeta longínquo são nitidamente superiores aos nossos. Poderíamos encontrar lá a prova de que os OVNIs são engenhos reais e que são pilotados por seres que têm uma técnica superior à nossa.
Rádio Júpiter
Quatro sábios da Universidade da Flórida estudaram durante mais de cinco anos mensagens provenientes de Júpiter. Este estudo posto sob a direção de T. D. Carr revelou um fantástico segredo. Sabe-se agora que emissões são recebidas num comprimento de onda de 18 megaciclos, e que elas se manifestam durante períodos bem definidos de 9 horas 55 minutos e 28 segundos 8. Os astrônomos que não gostam de comprometer-se atribuem estas ondas a tempestades na atmosfera do planeta. Mas o ritmo e a duração fixa de seu tempo de recepção deviam levá-los a excluir esta hipótese. Pensa-se em vulcões, o que parece bem improvável porque não têm sido detectadas ondas de rádio durante erupções terrestres. Os sábios sérios colocam-se agora na única posição válida: a existência de seres inteligentes, de uma química diferente da nossa, em Júpiter!
Em outubro de 1965, o engenho-laboratório "Zond III" lançado pelos russos, detectava por sua vez misteriosas emissões de rádio de uma extraordinária potência, que emanavam de um dos planetas do sistema solar. Os soviéticos excluiram imediatamente a possibilidade de perturbações rádio-elétricas de origem solar (erupções). O astrônomo Vyacheslav Blysh, por sua vez, concluiu que essas emissões tinham por origem Júpiter. Esta conclusão não é certamente estranha ao fato de que T. D. Carr localizara meses antes os pontos de origem exatos dos emissores "jupiterianos". . . Três fontes fixas distribuídas na superfície do planeta!
Uma experiência durante a qual surgem monstros...
Há mais de setenta anos, em agosto de 1924, o planeta Marte aproximou-se da Terra. A marinha norte-americana quis aproveitar o fato de ele passar a 60 milhões de quilômetros da Terra e "somente" para captar sinais eventuais, se é que Marte poderia emitir sinais. Mas, como a experiência poderia fracassar, os observadores da Marinha quiseram permanecer no anonimato. Financiavam a operação, forneciam o material e a mão-de-obra técnica necessária, mas outra pessoa qualquer é que devia endossar a responsabilidade oficial da empreitada. O dr. David Toddo foi esse responsável.
Em fitas registradoras gravam-se cabeças
apocalípticas...
Radiotelescópio de Arecibo, Porto Rico, que transmite mensagens à estrelas remotas. |
Os sábios que examinaram este espantoso documento ficaram estupefatos pelo inusitado caminho que os acontecimentos iam tomando. O inventor da rádio-câmera, Jenkins, não compreendia absolutamente nada desses sinais esquisitos e das caricaturas apocalípticas que tinham vindo inscrever-se na fita sensível. Classificaram a película como maldita e esqueceram-na completamente.
Após alguns meses, sábios norte-americanos instalaram no deserto de Mojave, na Califórnia, uma antena parabólica gigante capaz de seguir uma cabine espacial até aos confins do cosmos. Esta orelha de 65 metros de diâmetro é a mais sensível jamais construída, entre elas a de Jodrell Bank. Esta instalação permite detectar um veículo cósmico até as proximidades de Plutão, seja a 5,6 bilhões de quilômetros da Terra. A nova antena de Gladstone, cujo topo domina, a 72 metros de altura, o deserto de dunas e de areia, onde não sobrevivem senão cactos de formas apocalípticas, tem o dobro do alcance daquela que serviu às comunicações entre os dois "Mariners" que sobrevoaram Marte e Vênus, portanto apta para seguir os OVNIs a distâncias enormes.
Dobrando esta rede de vigilância, os Estados Unidos elaboraram um programa de observação e de identificação de satélites artificiais. Este programa compreende especialmente um sistema fotográfico encarregado de filmar os satélites graças a um poderoso raio "laser". Três câmeras foram instaladas em Cloudroft no Novo México. Os satélites são iluminados e filmados. Os EUA possuem atualmente a carteira de identidade dos engenhos colocados em órbita pelo homem e que evoluem no espaço aéreo dos Estados Unidos.
Não é mais segredo para ninguém dizer que, atualmente, todas as grandes potências já penetraram uma parte do mistério OVNI. Os meios de detecção aperfeiçoados postos em comum pelos Russos e os Norte-Americanos não podem em nenhum caso ser inferiores àqueles que possuem os simples amadores, que conseguiram fotografar os OVNIs. As fotos não podem ser contestadas, contam-se por centenas. A única conclusão que se impõe, é que nas altas camadas uma senha de silêncio foi imposta sobre o fenômeno.
Os pequenas homens verdes: L. G. M.
Foi numa bacia natural em Arecibo (Porto Rico) que os norte-americanos construíram uma orelha gigante que lhes permite seguir durante mais de duas horas os murmúrios do planeta Vênus. O refletor de Arecibo é fixo. Mas, estando em latitude de 18° norte, encontra-se numa região onde regularmente os planetas passam no zênite. De outro lado, a 50 metros acima do refletor, uma cabina de 550 toneladas está suspensa a cabos que sustentam três grandes torres. E graças aos deslocamentos desta cabine, na qual foi instalado um conjunto emissor-receptor, é possível visar fontes até aos 18.° zênite.
Esta grande antena registrou uma fonte destes sinais do espaço que se perpetuam três horas por dia. Os membros da Universidade Cornel de Arecibo colocam as suas maiores esperanças no instrumento que foi posto à sua disposição. Graças a ele, foi possível verificar a incrível descoberta feita por sir Martin Ryle, da Universidade de Cambridge: "Os Pulsars".
Frank Darke, diretor do observatório ionosférico de Arecibo, descreve-os assim: "Produzem-se a cada 1,3372795 segundos com uma rigorosa regularidade. A intensidade de cada impulso é variável durante um minuto. A emissão enfraquece até desaparecer durante três ou quatro minutos, para reaparecer com a mesma intensidade: O presente ciclo é continuo".
O imenso rádio-telescópio de Arecibo pode captar sinais emitidos desde uma distância de 300 anos-luz. Não é pois de se surpreender saber que os sinais provêm de um ponto situado entre Vega e Altair, perto do centro da Via Láctea.
Os sábios da Universidade
de Tecnologia de Pasenda na Califórnia assinalavam, por sua vez,
ter captado, a 17 de maio de 1968, emissões que vinham de estrelas
da Via Láctea. As freqüências recebidas variam de 20
a 2.292 megaciclos. Duas outras estrelas emitem nas freqüências
de 83,3 a 86,3 e de 84,4 a 85,4 (frequências utilizadas pela televisão
e o rádio em modulação de freqüência).
O campo magnético de nosso planeta e a presença da atmosfera
prejudicam consideravelmente a recepção de emissões
extraterrestres, e sem dúvida foi por esta razão que a 30
de julho de 1968, a NASA pôs em órbita um satélite
semelhante a uma imensa aranha, que possui quatro longas antenas de cinqüenta
metros cada, e uma de quarenta metros. Este engenho, que gravita a 5.500
quilômetros da Terra, numa órbita circular, já coletou
informações da mais alta importância para a rádio-astronomia.
Um artista conceitualiza o projeto Cyclops, um conjunto de enormes antenas radiotelescópicas. Esse projeto de buscar vida inteligente fora da terra já foi iniciado. |
Sinais idênticos tinham sido captados em novembro de 1967 em Cambridge, na Inglaterra. O prof. sir Martin Ryle, chefe da equipe de Cambridge que detectou esta fonte de rádio, considera pouco provável que estas ondas sejam emitidas por uma "inteligência", mas acrescenta: "Nós batizamos como "L. G. M." o ponto de onde provêm estes "apelos cósmicos". Isto é "Little Green Men" (Pequenos Homens Verdes) ou planeta dos pequenos homens verdes".
Sabendo-se que existe um dossiê "secretíssimo" no Estado-Maior da Real Força Aérea (Royal Air Force RAF) sobre os "L. G. M." e suas curiosas máquinas voadoras, deveremos admitir que sir Martin Ryle tem um senso de humor tipicamente britânico...