1 -Formação da língua Portuguêsa

Este estudo da formação da língua Portuguesa, é sustentado pelo radical etimológico e filológico do primitivo Idioma Konii, através de seus Herouns, da época proto-histórica; sendo estas (Estelas) as mais antigas da Europa Ocidental.

PREÂMBULO

É muito provável que nos impérios da antiguidade, os povos tenham tido, uma escrita e língua comum. Nesse caso então pergunta-se:

Se existiu uma língua comum universal; como é possível haver tantas línguas no mundo, e algumas delas com características tão diferentes de outras ?

A resposta é simples: Naturalmente as línguas sofrem alterações, pois estão constantemente admitindo novas palavras e expressões, e eliminando as velhas. A língua portuguesa, como é falada hoje, é bem diferente daquela falada na época medieval com o seu arcaísmo; do mesmo modo a língua arcaica, ainda é muito mais diferente da época proto-arcaica. Entretanto, como nos informam com veemência os linguistas, perdemos muito da beleza e colorido da língua; quando são feitas reformas e introduções de modernismo linguísticos, que muitas vezes são termos derivados de outras línguas, que invadem a cultura de um país.

Houve épocas em que a língua portuguesa fora muito perfeita, pois ela é originária da língua mais perfeita que existiu no mundo. A língua portuguesa era uma língua fonética alfabética; ou seja se escrevia conforme se pronunciava, a partir dos valores das letras do alfabeto.

Tomemos a título de exemplo a antiga palavra: Iziste ", não havia variação fonética da letra "Z"; mas a mesma palavra como se escreve hoje em dia " Existe ", em que o "Z" fora trocado pelo "X", o qual varia de som fonético constantemente desde o valor "Ch"como em "Xeque"; com o valor "Cs" como em " Sexual "; com o valor "Ç" como em "Próximo"; com o valor "Z" como em "Exame", etc. etc.. Se pelo menos a letra actual "X" tivesse o mesmo valor fonético do alfabeto do idioma Konii, o de "S", seria mais aceitável, e a palavra em questão se escreveria de "Isiste" ou " Esiste ", e neste caso como muitos outros o "S" teria o valor fonético do "Z", como no arcaísmo de " Cizimbra " para " Sesimbra ". Tal mudança não aconteceu com a palavra nativa de " Iziste ", pelo contrário os linguistas adoptaram a influência do latim romano da palavra similar "Exister" para a nova ortografia portuguesa; assim como tantas outras palavras afim de alterar a verdadeira língua nativa de Portugal. Muitas destas alterações, foram feitas em épocas muito recentes; Mas o facto dos letrados e linguistas portugueses terem feito modificações na base do latim romano; não dá o direito a ninguém, e muito menos dar a "Coroa de Glória" ao latim romano como sendo o progenitor da língua portuguesa. Além de mais o tão bem afamado latim romano, simplesmente é um ramo linguístico de um proto-arcaico latim, do idioma Konii existente como se sabe no sul de Portugal, numa época em que não existia Roma nem romanos; e podemos ler esse proto-arcaico latim nas inscrições dos Herouns do Algarve.

Devemos recordar, de que o ilustre e letrado Povo Konii, sob diversos apelidos chegaram até ao ano 79 ou 78 A.D. da época do romano Metello, aonde está registado no " Fragm. I,II9 ", a conquista da Cidade Real Konii a, Conistorgis (Ille Conisturgim apud legiones venit) isto já dentro da nossa era cristã. É pois descabido pensar, de que não houvera uma continuidade da escrita e da língua Konii, coexistindo paralelamente com a língua romana. E para provar que existiu continuidade, quer da escrita, como da linguagem nativa Konii, na área geográfica peninsular, que é hoje Portugal. Vamos examinar seguidamente uma " Ara " de Castro Daire, já da época da ocupação romana.

Ara de Castro-Daire
(Religiões da Lusitania, pag.315 "Dr. Leite Vasconcelos")
Vista de ângulos diferentes

O lado esquerdo da "Ara" que tem a letra (c), e onde está escrita a frase " APA ARET ", conserva ainda a forma da escrita e linguística do Sudoeste peninsular, mas, a "Ara" na sua generalidade já contém influência latina romana.

As letras "A" tanto podemos considerá-las latinas, como nativas; elas são semelhantes à da escrita Konii. A letra "P" de "APA" era o "R=Ri" peninsular; e a palavra "ARET" escrita em vertical, mas a sua leitura é feita no sentido da esquerda, para a direita isto é (sinestrorsa), todavia também era escrita de maneira inversa (dextrorsa), ou seja: "TERA" como na maioria das inscrições do Sudoeste. E foi a partir desta última posição, que a palavra fora adaptada para a língua portuguesa arcaica de "TERRA".

O primitivo "R=Ri" para o novo alfabeto português, passou a ter o valor fonético de "R=Rê" e também de "ERR"; assim derivado á nova fonética a palavra nativa "TERA" levou mais um "R" e fora transformada em "TERRA".

Portanto a frase "APA ARET" quer dizer na actual linguística portuguesa: "Ara da Terra" ou seja a área da localidade, onde pertencia á comunidade que a dedicou como "VOTU" a "AROL".

Se houvessem em Portugal, verdadeiros investigadores debruçados sobre a evolução da língua portuguesa, e fizessem um profundo estudo linguístico, pelo menos desde o arcaísmo medieval, veriam as inconsistências entre o latim romano e a língua nativa portuguesa. Pois que no português arcaico, ainda era usual pôr o valor fonético da letra do alfabeto na escrita, sendo uma persistência característica da primitiva escrita e língua Peninsular, coisa que os romanos não faziam, quer na sua escrita; quer na sua linguística. É de parecer que os filólogos da língua portuguesa, ainda não sabem o porquê; que na escrita arcaica, nas palavras aparecem vogais repetidas. Como já se disse atrás, que a língua nativa peninsular era uma língua e escrita fonética alfabética, a qual vemos sua persistência no português e no espanhol.

Na língua portuguesa podemos ver as vogais do valor das letras do alfabeto no arcaísmo, as quais foram modificadas, para a nova ortografia dessa época, como por exemplo: O valor primitivo "B = bi" passou para "B = bê"; o valor "D = di"passou ao "D = dê"; o valor "R = ri" passou ao "R = rê"; e o valor da letra importada do "P = pi" passou ao "P = pê", assim como o "F = fi" ao "F = fê", etc.

Por esta razão o arcaísmo da língua portuguesa se escrevia desta maneira: "Pe`ede" valor fonético o "Pê"; actual "Pede" - "Cre`emos" valor fonético o "Rê"; actual "Cremos" "Be`esta" valor fonético "Bê"; actual "Besta" "Be`eiçom" ou "Be`ençom" valor fonético "Bê"; actual "Benção" - "Abofe`e" valor fonético "Fê"; actual "à boa fé" etc.

Há palavras arcaicas que parecem muitas vezes não encaixarem, no valor fonético da letra; a razão é de que elas são oriundas dos valores das letras, do primitivo alfabeto peninsular. Para exemplificar tomemos a palavra arcaica "Bu`osco ou Bo`osco" ela vem do primitivo valor "Bi", que também se escrevia de "By"; e como no arcaico a letra "y" tanto tinha o valor de "i" como em "Asy = Assim", e com o valor do "u" como em "Yso = Uso". Portanto a palavra primitiva em questão seria "Biosco" para "Byosco" depois "Buosco" e a seguir "Boosco"; actual "Bosque"- o germânico adoptou o diminutivo "Bosc".

Por outro lado, as vogais das primitivas letras (caracteres) alfabéticos do Sul de Portugal do Idioma Konii, aparecem também na língua arcaica portuguesa na forma de "H",(agá).

Exemplos: TH`eologia, valor da letra "Ti", actualmente "Teologia" - RH`etórica, valor da letra "Ri", actualmente "Retórica" como também em "RH`apsódia" etc.

Todavia também utilizaram o "H" para acentuar as vogais como em "Ha" em "He" e em "Hi" de "ahi" = "aí".

Na língua espanhola, os valores das primitivas letras alfabéticas do Idioma Konii, do sudoeste peninsular, foram mais preservados; os quais ainda hoje em dia, podemos encontrá-los nas palavras tais como em: "Ti`erra" valor fonético do "T = Ti" - "Si`erra" valor fonético do "S = Si" - "Ni`eta" valor fonético do "N = Ni" - "Mi`o" e "Mi`esma" valor fonético do "M = Mi", etc.

Da língua arcaica, para a actual língua portuguesa, foram suprimidas todas as vogais dos valores das letras alfabéticas; todavia essa omissão das vogais, já se fizera uma primeira vez na língua dos Konii, séculos antes da ocupação romana no Sul de Portugal.

Antes da chegada dos romanos ou de qualquer outro povo mais antigo, já o "Povo Konii" possuía caracteres alfabéticos idênticos aos actuais de estilo latino e com letras que os próprios romanos não tinham.

Seguidamente vamos confrontar ortograficamente, alguns caracteres das inscrições dos "Herouns" Konii, com os caracteres actuais.

Caracteres
Konii
Caracteres
Latinos
A
E
H
K
L
M
N
O
P
Q
T
X
Z
Y
Como podemos observar a lista dos caracteres é longa, pelo menos quatorze símbolos alfabétiformes do primitivo e, o mais antigo idioma peninsular fazem parte da moderna escrita portuguesa. Então pergunta-se: Aonde estava os romanos, quando no remoto passado no Sudoeste da Península Ibérica desde há 6.OOO anos A.C. se já existia esta escrita, como alega ser do seu conhecimento, o historiador grego Strabão ?...

©Carlos Castelo

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