O Amapá situado na embocadura do rio Amazonas e tem uma costa oceânica de 600 km de praias e manguezais praticamente  intocados. Nas proximidades da costa, no norte do estado, estende-se a região dos lagos: de beleza indescritível, deserta e selvagem. Na praia do Goiabal, no município de Calçoene, temos um grande contraste, porque em plena floresta Amazônica, o Oceano Atlântico mistura-se com as águas do rio Amazonas. A mais nova descoberta, a pirapema, peixe-símbolo da pesca esportiva mundial, tem sua morada nas águas do Amapá.

No encontro das águas do Oceano Atlântico com as do rio Araguari, a pororoca forma uma onda que dura duas horas, considerada a mais longa do mundo.

O Curiaú é um exemplo da harmonia com o ambiente. Formado por ex-escravos trazidos no século XVIII para a construção da Fortaleza de São José de Macapá, seus descendentes mantém as tradições culturais nos ritmos e nas festas. Transformada em Área de Proteção Ambiental abriga uma população de 1.500 pessoas. As comunidades se preparam para o ecoturismo, uma alternativa que poderá gerar renda e garantir a beleza do local para futuras gerações. O Amapá possui 25% de sua área destinada a unidades de conservação e áreas indígenas, contribuindo para a conservação da biodiversidade da floresta amazônica. Índios, brancos, negros e caboclos – a população tradicional da Amazônia – aprendeu a conviver em harmonia com a natureza. Sua sobrevivência depende da pesca, coleta de frutos, extração de látex, caça e agricultura familiar.

Recentemente criada, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Iratapuru, com aproximadamente um milhão de hectares, vai preservar os seringais e castanhais nativos. Garantido o uso dos recursos naturais para a comunidade, os produtos extraídos da Reserva, borracha, castanha e óleos vegetais, serão beneficiados e comercializados no mercado local e internacional. Todas as áreas indígenas do Amapá estão demarcadas e, diferentemente de outros estados da Amazônia, aqui respeitamos a diversidade cultural. São quatro etnias, com uma população de mais de 4.000 pessoas, que recebem apoio governamental para seus projetos de desenvolvimento.    No Amapá, o rio Amazonas se encontra com o eixo do Equador, misturando livremente as águas e as cores dos hemisférios sul e norte. A diversidade das paisagens pode ser conhecida em uma simplesviagem: saindo da floresta, passando pelo cerrado, atravessando os campos alagados até chegar aos lagos interiores.

Ou desembocando em uma praia selvagem, porque o mar banha sua costa. A pororoca acontece aqui. O encontro estrondoso entre o Oceano Atlântico e as águas do Araguari, pontualmente a cada doze horas e meia. A serra do Tumucumaque, com seus mistérios não desvendados, é uma sentinela guardando a entrada de uma floresta intocada. No rio Oiapoque, embarcações circulando de um lado para o outro da fronteira, permitem o acesso à cultura francesa. E a Região dos Lagos, com águas emendadas por rica vegetação, parece o cenário da criação. O povo que mora no Amapá festeja, reverencia eteme essa exuberância. Espera a pororoca passar para navegar ou sair para pescar. Domina o movimento das marés com o conhecimento que herdou dos antepassados. Enfrenta a maresia do Amazonas com pulso firme na pequena embarcação. Desde cedo, em um pequeno casco de madeira, aprende a conhecer as águas e as letras, quando rema com atenção para chegar na escola. 

Índios, negros e brancos misturam suas tradições. O Amapá festeja o Marabaixo, com danças, batuque e ladainhas. A festa de São Tiago relembra as batalhas de cristãos e muçulmanos. E o carnaval leva os blocos prá rua em genuina animação. A vocação do Amapá para o ecoturismo é resultado da exuberância da sua natureza. O turista tem múltiplos roteiros à sua escolha: a aventura, o lazer ou o convívio com a natureza. Ao Amapá não se chega por terra. O rio Amazonas, em cujas, margens está Macapá, separa o Estado do resto do Brasil. É este relativo isolamento, que garante a beleza natural da região e assegura o seu exotismo.

Esta é, também uma posição estratégica. Estar localizado na foz do rio Amazonas, rota dos principais centros de desenvolvimento, favorece a consolidação de novas parcerias comerciais. Chega-se a Macapá de avião ou de barco. Mas o que faz o Amapá diferente, é que ninguém passa por aqui para ir a outro lugar. Você escolhe vir ao Amapá. E pode escolher: Se você vem a negócios, ou para um seminário profissional, fique mais um dia e circule por Macapá, a única cidade brasileira banhada pelo Rio Amazonas e localizada na linha do Equador.  

Visite a Fortaleza São José de Macapá, um dos mais belos exemplos da arquitetura portuguesa do século dezoito, além da Igreja de São José de Macapá que é o monumento mais antigo da cidade. Em contraste, na Praça Veiga Cabral, está o Teatro das Bacabeiras palco privilegiado da cultura moderna, com intenso calendário de atividades artísticas, debates públicos e eventos políticos.