O azevinho é um arbusto ou uma árvore de pequeno
porte que cresce nos matos, bosques, sebes e valados da Europa Ocidental,
Central e Meridional; em Portugal encontra-se no Norte, em Sintra e Monchique;
atinge 20 m de altura. Também se usa como planta ornamental, em
sebes de jardins, já que suporta bem as podas frequentes. Existem
muitas variedades ornamentais. É uma árvore ornamental muito
cobiçada da quadra Natalícia, a tal ponto de actualmente
correr o risco de extinção, sendo totalmente interdita a
sua colheita no nosso país.
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Copa: cónica e afilada, com os ramos orientados
para cima nas árvores jovens; nas mais velhas apresenta-se densa
e irregular.
Ritidoma: liso e cinzento-prateado, tornando-se áspero
e sulcado com a idade.
Raminhos: purpúreos ou verde-vivos, hirtos
e sulcados.
Gomos: verdes, pequenos e pontiagudos.
Folhas: muito variadas, mas, regra geral coriàceas
e ovais, de 6 a 8 cm de comprimento e extremidade pontiaguda. A página
superior é verde-escura e lustrosa e a inferior mate e verde-clara.
Nos ramos inferiores, as folhas possuem margens onduladas com dentes triangulares
espiniformes, enquanto as margens das folhas superiores são inteiras
ou onduladas. Algumas variedades obtidas por hibridação possuem
a folhagem matizada.
Flores: as flores masculinas e femininas nascem em
árvores distintas e formam cachos perfumados, muito densos, junto
à base das folhas. As flores são relativamente pequenas (6
a 8 mm de diâmetro) e brancas, despontando de um gomo púrpura.
Fruto: baga venenosa, de 7 a 10 mm de diâmetro,
verde enquanto imatura e escarlate quando amadurece; tem um pedúnculo
de 4 a 8 mm de comprimento e encerra 3 a 4 sementes negras. Algumas variedades
ornamentais têm as bagas amarelas. Obviamente, o fruto só
se encontra nas árvores femininas.
Usos: a madeira, cor de marfim, rija, pesada, e de
grão fino, susceptível de um polido notável, usa-se
em trabalhos de torno, embutidos e escultura.
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