Os Técnicos da Seleção Brasileira


Píndaro de Carvalho
Copas: 1930
Luiz Vinhares
Copas: 1934
Adhemar Pimenta
Copas: 1938
Flávio Costa
Copas: 1950

Ninguém mais poderoso que ele no futebol brasileiro na década de 40. Exercia um domínio que rivalizava com o dos dirigentes. Assim, criou o departamento de futebol no Flamengo e conquistou quatro Campeonatos Cariocas. No Vasco, comandou o Expresso da Vitória em três títulos estaduais. Também na Seleção mandava e desmandava. Só não conseguiu exercer sua autoridade na partida final da Copa de 50, em que sua Seleção perdeu o título. Pouco depois, numa partida Vasco e América pelo Campeonato Carioca de 1950, o armador vascaíno Ipojucan teve uma crise de choro no intervalo de jogo. Flávio, então encheu a cara de Ipojucan de bolachas e fez o jogador voltar a campo.
Zezé Moreira
Copas: 1954

O nome de Zezé Moreira serviu para batizar muitos Judas em sábado de Aleluia em 1952. Tudo por causa de um empate com o Peru, no Campeonato Pan-Americano. Mas Zezé acabou trazendo o título para o Brasil, o primeiro da Seleção conquistado no exterior. Com fama de retranqueiro, Zezé, na verdade, reformulou o futebol brasileiro com a introdução da marcação por zona.
Vicente Feola
Copas: 1958 e 1966

A imagem de Vicente Feola cochilando enquanto o jogo corria solto pode pode não ser verdadeira mas representa bem o espírito de um dos técnicos mais afáveis que dirigiram a Seleção Brasileira. Adepto ao díalogo e dono de um tempramento dócil, o treinador Feola era, na verdade, mais um homem da comissão técnica capitaneada pelo dirigente Paulo Machado de Carvalho em 1958. Dizem que a única vez que gritou naquela Copa foi no primeiro jogo, quando viu o lateral Nílton Santos partir para o ataque: "Volta! Volta!... Gol! Gol!"
Aymoré Moreira
Copas: 1962

Durante o Sul-Americano de 1953, Aymoré Moreira tentou inovar escalando dois times diferentes nas partidas. "Um é tão bom quanto o outro", gabava-se. Acabou perdendo o torneio e brigando com todo o mundo: jornalistas, dirigentes e jogadores. Mas Aymoré aprendeu a lição e, em 1962, era de novo o técnico da Seleção. Foi bicampeão mundial, com as bençãos de Garrincha.
Mário Jorge Lobo Zagalo
Copas: 1970 e 1974

Como ponta-esquerda, Mário Jorge Lobo Zagalo era um bom meia. Bicampeão do mundo como jogador, conquistou o tri no comando técnico da Seleção de 70, uma equipe montada pelo seu antecessor, Joào Saldanha. Extremamente zeloso com a defesa, Zagalo sempre levou a pecha de retranqueiro. Na Copa de 1974, antes de enfrentar o Carrossel Holandês, menosprezou o adversário: "Os jogadores da Holanda fazem muito tico-tico-no-fubá". Perdeu de dois a zero. Agora, depois de ser coordenador da Seleção nos Estados Unidos e se transformar no único tetracampeão do mundo, reassumiu a função de técnico da CBF.
Claudio Coutinho
Copas: 1978

Overlaping, alas, ponto futuro, polivalência. Todas essas expressões passaram a freqüentar o vocabulário brasileiro quando Cláudio Coutinho assumiu o comando da Seleção Brasileira em 1978. Com ele, o Brasil fez uma campanha irregular na Copa da Argentina, mas ainda copnquistou a terceira colocação. "Somos campeões morais", afirmou Coutinho. Ele só conseguiu deixar a condição de teórico quando montou o time do Flamengo, base da equipe que se tornaria campeã mundial em 1991.
Telê Santana
Copas: 1982 e 1986

Único treinador que perdeu uma Copa e voltou a dirigir a Seleção Brasileira em outro Mundial, Telé Santana representa uma unanimidade, até entre os seus muitos desafetos: é considerado o maior treinador da história do futebol brasileiro. As derrotas de 1982 e 86 deram a ele a fama de azarado. Mas o bicampeonato mundial do time do São Paulo pulverizou qualquer possibilidade de considerá-lo pé-frio. Estrategista perfeito. Telê cobra muito dos seus atletas. Em seu currículo estenta o feito inédito de ter sido campeão nos quatro grandes centros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Sebastião Lazaroni
Copas: 1990
Carlos Alberto Parreira
Copas: 1994

Ao contrário de que era de se esperar de um técnico campeão mundial, Carlos Alberto Parreira ainda desperta polêmica. Isto porque ele renegou a tradição ofensiva do futebol brasileiro em nome do futebol de resultados, com uma defesa trancada. A verdade, porém, é que na Copa de 94 mostrou erros e acertos. Errou ao convocar, escalar e treinar (só havia um esquema de jogo). Mas acertou em apostar no espírito de equipe dos convocados e no poder de superação dos atacantes.
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