HISTÓRICO DA NOSSA SEGURANÇA DO TRABALHO |
As atividades laborativas nasceram com o homem. Pela sua capacidade de raciocínio e pelo seu instinto gregário, o homem conseguiu, através da História, criar uma tecnologia que possibilitou sua existência no planeta.
Partindo da atividade predatória, evoluiu para a agricultura e o pastoreio, alcançou a fase do artesanato e atingiu a era industrial.
Somente com a revolução industrial, é que o aldeão, descendente do troglodita, começou a agrupar-se nas cidades. Deixou o risco de ser apanhado pelas garras de uma fera, para aceitar o risco de ser apanhado pelas garras de uma máquina.
Condições totalmente inóspitas de calor, ventilação e umidade eram encontradas, pois as "modernas" fábricas nada mais eram que galpões improvisados. As máquinas primitivas ofereciam toda a sorte de riscos, e as conseqüências tornaram-se tão críticas que começou a haver clamores, inclusive de órgãos governamentais, exigindo um mínimo de condições humanas para o trabalho.
No Brasil, podemos fixar por volta de 193O a nossa Revolução Industrial e, embora tivéssemos já a experiência de outros países, em menor escala, é bem verdade, atravessamos os mesmos percalços, o que fez com que se falasse, em 1970, que o Brasil era o campeão de acidentes do trabalho.
Embora o assunto fosse pintado com cores muito sombrias, o quadro estatístico abaixo nos da idéia de que era, de fato, lamentável a situação que enfrentávamos. Ao mesmo tempo, pudemos vislumbrar um futuro mais promissor, que só foi possível pelo esforço conjunto de toda a nação: trabalhadores, empresários, e governo.
NÚMERO DE ACIDENTES DO TRABALHO
OCORRIDOS NO PERÍODO DE 1971 a 1996
ANOS |
NÚMEROS DE SEGURADOS |
NÚMEROS DE ACIDENTADOS |
PERCENTUAL |
1971 |
7.553.472 |
1.330.523 |
17,61 % |
1972 |
8.148.987 |
1.504.723 |
18,47 % |
1973 |
10.956.956 |
1.632.696 |
14,90 % |
1974 |
11.537.024 |
1.796.761 |
15,57 % |
1975 |
12.996.796 |
1.916.187 |
14,74 % |
1975 |
14.945.489 |
1.743.825 |
11,67 % |
1977 |
16.589.605 |
1.614.750 |
9,73 % |
1978 |
16.638.799 |
1.551.501 |
9,32 % |
1979 |
17.637.127 |
1.444.627 |
8,19 % |
1980 |
18.686.355 |
1.464.211 |
7,84 % |
1981 |
19.188.536 |
1.270.465 |
6,62 % |
1982 |
19.476.362 |
1.178.472 |
6,05 % |
1983 |
19.671.128 |
1.003.115 |
5,10 % |
1984 |
19.673.915 |
961.575 |
4,89 % |
1985 |
20.106.390 |
1.077.861 |
5,36 % |
1986 |
21.568.660 |
1.207.859 |
5,60 % |
1987 |
22.320.750 |
1.137.124 |
5,09 % |
1988 |
23.045.901 |
992.737 |
4,31 % |
1989 |
23.678.607 |
888.343 |
3,75 % |
1990 |
22.755.875 |
693.572 |
3,05 % |
1991 |
22.792.858 |
629.918 |
2,76 % |
1992 |
22.803.065 |
532.514 |
2,33 % |
1993 |
22.722.008 |
412.292 |
1,81 % |
1994 |
23.016.637 |
388.304 |
1,68 % |
1995 |
23.614.200 |
424.137 |
1,79 % |
1996 |
24.311.448 |
395.455 |
1,62 % |
1997 |
23.275.605 |
369.065 |
1,58 % |
1998 |
|
|
|
Fonte INSS