IV-7 * Janeiro-Dezembro de 2001

Reflexões


Oração de um inca

Humberto de Campos


À Tebaída, onde, só, em lágrimas, me ajoelho,
- Ébrio, como um pagão, da luz que do alto desce -
Baixa, ó Sol, o caudal do teu sangue vermelho
Para ungir o meu ser e abençoar minha prece.

Meu deus único és tu: é a ti que este Evangelho
Rezo: porque, sem ti, quem me beija e me aquece?
Quem põe o trigo moço à flor do solo velho?
Sob o olhar de quem é que a erma terra floresce?

És tu, é ao teu olhar : que és o braço que acende
As estrelas no céu, em minha alma o meu Sonho,
As flores pelo chão e a Lua que alto esplende.

E eis porque, sendo tu Fonte de toda Vida,
É de joelhos, a orar, que os olhos em ti ponho
- Ó longínquo farol da Terra Prometida!

Poesias Completas de Humberto de Campos, Opus Editora Ltda

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última atualização * 27/2/2001

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