IV-7 * Janeiro-Dezembro de 2001

Poesia


P o e i r a . . .

Humberto de Campos


Poeira leve, a vibrar as moléculas: poeira
Que um pobre sonhador, à luz da Arte, risonho
Busca fazer faiscar : pó, que se ergue à carreira
Do Mazepa do Amor pela estepe do Sonho.

Para ver-te subir, voar da crosta rasteira
Da terra, a trabalhar, todas as forças ponho:
E a seguir teu destino, enlevada, a alma inteira
O teu ciclo fará, seja suave ou tristonho.

Não irás,com certeza, alto ou distante. O insano
Pó não és que, a turvar o céu claro da Itália,
Traz o vento, a bramir, do Deserto africano.

Que és o humílimo pó duma estrada sem povo,
Que, pisado uma vez, pelo ambiente se espalha,
Sente um raio de Sol, cai na terra de novo.

Poesias Completas de Humberto de Campos, Opus Editora Ltda

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última atualização * 27/2/2001

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