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A palavra tem origem guarani: Tambá - conchas e Qui - monte. Os Sambaquis são montes cônicos de conchas, resultantes da ocupação humana pré-histórica. Os povos caçadores e coletores, primeiros habitar o litoral de Santa Catarina, consumiam os moluscos e amontoavam as cascas para morarem sobre elas, pois constituíam um local alto e seco. Ocupação após ocupação fez com que estes montes atingissem alturas fantásticas. O Estado de Santa Catarina possui os maiores sambaquis do mundo, espalhados por seu litoral, de norte a sul – alguns destes sambaquis chegam a atingir mais de 30 metros de altura. Nos extratos arqueológicos de um sambaqui encontramos vários vestígios desta ocupação humana, como sepultamentos, instrumentos líticos, fogueiras, restos de cozinha (como ossos de peixes, aves e mamíferos consumidos) e diversos tipos de adornos, como colares e enfeites labiais. Mesmo sendo os grupos pré-ceramistas de caçadores e coletores os construtores dos sambaquis, muitos destes montes foram reocupados pelas culturas ceramistas itararé e guarani. A partir daí, para estudar a região, contamos com dois hemisférios de análise arqueológica: a fase pré-cerâmica e a fase cerâmica. Era comum a escolha de dois ambientes subaquáticos por estas populações para o estabelecimento de um assentamento: o mar, porém, preferencialmente próximo de lagoas ou desembocaduras de rios; isso somado a fontes potáveis de água doce. No passado, havia a exploração dessas jazidas arqueológicas para a fabricação de cal. Esta atividade de exploração calcária destruiu grande parte dos sambaquis, não só em Santa Catarina, mas em diversas partes do Brasil.
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Rodrigo Luiz Simas de Aguiar |
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Arte Indígena e Pré-Histórica no Litoral de Santa Catarina