Em Nova Iorque, entre os dois amigos, no
banco do “subway”, no longo percurso de Times Square a Essex:
— Qual é a sua opinião sobre o Governo?
— Ah! penso que todos devemos pedir a Deus
pela segurança dos nossos governantes...
— E o prefeito? que me diz você sobre o
prefeito?
— Evidentemente, será um homem de boas
intenções.
— Escute, você já ouviu dizer alguma coisa
acerca do Peterson?
— Já.
— Sabe que ele é um tubarão?
— Sei que ele é um negociante.
— Mas está informado de que ele é desonesto?
— Isso não sei, por não conhecê-lo na
intimidade.
— Você ainda mora perto do Jimmy Davis?
— Moro.
— Qual é a sua opinião sobre ele?
— É um bom homem, trabalhador de grande
atividade.
— Vive bem com a esposa?
— Parece que sim.
— Que me fala do Crane, seu vizinho de lado?
— Excelente pessoa.
— E do Joe Murray?
— Companheiro boníssimo. O amigo perguntador
fixou o outro admirado e indagou:
— É verdade que você se tomou espírita,
segundo o Evangelho?
— Graças a Deus.
O interlocutor fez o gesto de quem se
despedia e falou em seguida a valente risada:
— Eu logo vi! Com espírita metido a
interpretar Jesus-Cristo, não há jeito de se manter nenhuma conversação...
(Texto psicografado por F.
C. Xavier em Nova Iorque, N.I., EUA, 4 Julho 1965. In: F. C.Xavier e W. Vieira,
Entre Irmãos de Outras Terras, 3a. ed., Rio, FEB, 1966, pp.
59-60.)