JULIETA

    Julieta Dedo na Greta era perneta e tinha um defeito na buceta. Sua vida era pontuada por corrimentos e cancros moles instalados na sua vagina. Todos a estigmatizavam por ela ser doente. Mal sabiam eles que quando o grande rel�gio local da catedral soava 1/2 noite, sua xana se tornava uma laiala1 alada encantada. Ent�o ela singrava mares, montanhas e vales em acrobacias ousadas, sentindo o vento em sua tez, desejando que aquele momento nunca mais acabasse, pois somente naquela ocasi�o ela era realmente feliz, livre dos tolos mortais, normais em sua vida cotidiana com os p�s presos � terra. Em um de seus v�os, Julieta avistou um gatinho indefeso, preso em uma �rvore e decidiu libert�-lo. Apanhou o gato e o colocou no colo e, com um pirueta nota 10, tocou o ch�o de forma elegante.
    Mas em seu colo n�o havia mais um gato. Ele, como por um passe de macumba, havia se transformado em um homem bel�ssimo, cujas formas torneadas se assemelhavam �quelas das grandes esculturas do Renascimento. Juju pegou um sust�o e pensou logo em querer fuder com ele. Ent�o o bofe lhe falou: "Venho de uma gal�xia distante. Na verdade esta n�o � minha verdadeira forma. Busquei nos seus mais inconscientes desejos a forma deste homem lindo. Nossa ra�a passa por momentos dif�ceis. Nosso planeta est� se deteriorando assim como a Terra, mas o nosso processo j� est� deveras avan�ado. Os humanos, sem o saberem, est�o caminhando para sua ru�na assim como n�s o fizemos. Vim aqui para alert�-los deste grande perigo".
    Julieta riu para o homem com certa desconfian�a e, sem querer se envolver naquele assunto t�o complicado e j� batido pela m�dia, colocou-o de volta na �rvore e p�s-se a voar por entre c�us nunca dantes viajados.
1: buceta.

 

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