O CASAMENTO DE PERSIGA
- Era uma vez uma puta toda horrenda que
mal sobrevivia dando seu c� escroto cheio de merda. Raquel jurava, por�m, que um dia
encontraria um macho que com ela se casaria e a sustentaria para o resto de sua vida.
Est�pida ilus�o, pois uma diaba daquelas precisava era pagar para que algu�m comesse
sua buceta gasta. O �nica consolo da vida besta de Persiga era trocar confid�ncias de
suas desgra�as com sua amiga Simone, que era metida � fina mas que nem pertencia �
classe m�dia.
- Persiga fazia ponto na esquina da
Presidente Vargas todos as noites. Cheirava cola e comia terra pro tempo passar mais
r�pido, pois ningu�m passava l� pra convid�-la pra fuder. Mas um belo dia apareceu por
l� Francisco, um fino integrante da Associa��o dos Lixeiros An�nimos S/A, que por l�
limpava o lixo. Catou Persiga pensando que esta fosse um escremento canino. "- Hey,
caralho, eu sou gente", disse P.P.P ao jovem rapaz.
- Ao v�-la, F.F.P. identificou-se
imediatamente com aquela podre criatura. Sua cara de bolacha-maria o fez lembrar de sua
inf�ncia, quando j� exercitava seu dom divino de catar lixo, catando os restos de
bolacha-maria do ch�o da pra�a, os quais engolia com �gua do chafariz. O piv� de
Persiga, ca�do na confus�o de ser mo�da pelo caminh�o de lixo, fez Francisco pensar na
imperfei��o humana. (E como ela era intensa naqueles dois seres inumanos). Desposou
Raquel imediatamente.
- Casaram-se na Bas�lica de Nossa
Senhora de Nazar� ao som da famosa can��o de Pai Xang�. Tiveram 30 lindos filhos, os
quais a metade morreram de fome e de maus tratos. A vida era bela at� o dia em que
Francisco come�ou a beber. Enchia a cara todos os dias e desforrava o lixo que era a sua
vida em forma de socos, murros e pontap�s proferidos na cara de Persiga, que aguentava
tudo aquilo calada, pois jurara ao bom Deus que ficaria ao lado daquele homem na sa�de e
na doen�a, na felicidade e na desgra�a, at� que a morte os separasse. Dito e feito.
Persiga, n�o aguentando mais os in�mero socos, morreu de tanto apanhar, bem como a sua
piriquita dar. Chegando no inferno, o Diabo n�o quis aquela desgra�a l� com ele e a
mandou de volta � Francisco.