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Ánthropos métron

Manifesto Anti-Proibicionista


Introdução

O conteúdo destas páginas procura dar uma opinião e um modesto contributo para se discutir sobre o problema das drogas, das toxicodependências, e sobre as políticas neste sector. É possível que algumas das informações e opiniões aqui apresentadas divirjam das verdades oficiais, mas de qualquer forma, estas paginas não devem ser entendidas como promoção ao consumo de drogas, mas sim como um mero contributo para o despertar de uma política mais humana e eficaz.


Os homens acreditam naquilo que desejam acreditar

O assunto é indubitavelmente complexo, mas de forma algo ingenua para mim a questão pode ser resumida de uma forma simples. Para alem de todas as considerações sobre a necessidade de controlo de um fenómeno que se revela particularmente nocivo, simplesmente não acredito no conceito de justiça no qual um ser humano que consume determinadas substâncias alteradoras da consciência pode ser considerado criminoso e punido de forma institucional.

No meu entender a criminalização do consumo de qualquer substancia é uma violação do direito natural à liberdade de acção na esfera individual, injustificável de qualquer ponto de vista que valorize o homem e o seu direito a procurar a felicidade. É me difícil conceber que tal medida possa ser considerada necessária para controlar um fenómeno que, paradoxalmente, sobre esta forma de controlo se pode dizer que está completamente fora do controlo.

O problema é, na minha opinião, um problema manifestamente cultural não fazendo sentido que uma cultura da liberdade no foro publico seja uma cultura da intolerância no foro pessoal. A questão neste caso pode ser sempre reduzida à velha questão da comparação com as drogas legais e a tomada de consciência que essa distinção é mais um produto da tradição. A verdade é que um alcoólico é um toxicodependente, e por estas e outras é que não existe base cientifica que justifique a criminalização do consumo de cannabis sem que se criminalize o consumo de tabaco ou de álcool, assim como não existe qualquer construção teórica "racional" que justifique as "infrutíferas" medidas de excepção tomadas para erradicar, ou minorar, o fenómeno da droga.

Serei concerteza controverso quando afirmo a necessidade de nos empenharmos numa nova abordagem ao problema pela aplicação de um modelo mais humano e que controle o problema sem os elevados custos sociais que o proibicionismo radical produz. Mas é bom que se entenda que além de controverso o modelo actual é também um fracasso mal disfarçado.

 

A guerra contra ás drogas tem sido uma guerra contra as pessoas.

Sérgio Inácio


Longe me leva este silêncio.. É o sentir que se altera.. São as cores do sol..
E eu fico encantada.. E eu sinto me a arder.. Quando o dia se apaga.. Fica tanto por ver.

As cores do Sol
Madredeus


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98/08/20

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