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Extractos do Jornal Público de Setembro de 1997


Público - Quarta-feira, 3 de Setembro de 1997

E o álcool?

Proíbe-se a droga. Que droga? O haxixe, a heroína, a cocaína e outras afins. Ela destrói, leva ao roubo, ao crime, à morte. Está certo, proíba-se a droga, metam-se na cadeia os traficantes e trate-se essa juventude com problemas, apanhada na sua rede. Deixou de ser permitido fazer publicidade ao tabaco, até na TV. Está certo. Subam o preço do tabaco, avisem nos próprios maços de cigarros que aquilo provoca doenças, cancros, nos fumadores activos e passivos. E o álcool? O álcool provoca mais doenças, desavenças, crimes, destruições, mortes, que todas as outras drogas. Todos os dias vemos nos hospitais psiquiátricos pessoas que já foram válidas completamente perturbadas pelo alcoolismo.

(…)

Nogueira de Brito (V.N. de GAIA)


Público - Terça-feira, 9 de Setembro de 1997

Reforçar o combate à droga

A Liga Portuguesa Contra a Droga apelou para a necessidade de reforçar os meios de combate à toxicodependência, na altura em que o Governo está a preparar o Orçamento de Estado para o próximo ano. Segundo o presidente da instituição, Magalhães dos Santos, é necessário "alertar a consciência dos governantes e agentes políticos para a necessidade de prosseguir um combate que a todos diz respeito". De acordo com a Liga, "o Orçamento é o momento exacto em que se define de forma efectiva o empenho que toda a sociedade entende dever fazer em cada sector".


Público - Segunda-feira, 15 de Setembro de 1997

Castro Caldas, bastonário da Ordem dos Advogados

Modificar política de combate ao narcotráfico

(…)

Porém, no que respeita à pequena criminalidade urbana, que individualizadamente não representa crimes de grande gravidade, mas que aterroriza quotidianamente a liberdade dos cidadãos, impõem-se medidas de emergência. Brigadas policiais dotadas de meios operacionais idóneos em viaturas e com meios de comunicação eficazes. Torna-se necessário ampliar a malha de polícia e, a meu ver, intensificar o combate à criminalidade urbana, em furtos e roubos a pessoas, viaturas e moradias, sempre conexos com a toxicodependência. É indispensável modificar integralmente a política de combate à toxicodependência e ao narcotráfico. Já não sou hoje o único a dizer publicamente que a política definida no programa do Governo para o combate à toxicodependência e ao narcotráfico não atinge nem resolve os problemas com que, neste domínio, a nossa sociedade se debate e que, simultaneamente, consomem montantes exorbitantes ao erário público. Mas, nesta questão, o debate tem de ser muito aprofundado e ampliado pela troca de conhecimentos entre múltiplos saberes técnicos.

A.A.M.


Público - Terça-feira, 16 de Setembro de 1997

Ninguém está fora

Chegou ao fim a campanha estival promovida pela Comissão Nacional de Luta contra a Sida. Dela, ficam para a posteridade um número indefinido de bonés e bases para copos (opção discutível, oportunamente criticada neste espaço) e um "slogan", espalhado por enormes cartazes de rua: "Sida. Estou fora. Faz sexo seguro, evita as drogas, curte a vida".

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Nuno Pacheco


Público - Quarta-feira, 17 de Setembro de 1997

Washington

Negros a contas com a Justiça

Cerca de metade (49,9 por cento) dos negros com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos a residir em Washington, nos Estados Unidos, estão sob controlo judicial ou a ser procurados pelas autoridades, segundo revelou um estudo divulgado por uma empresa não oficial.

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A nível nacional as estatísticas mostram que um em cada três negros está sob controlo judicial.


Público - Sexta-feira, 19 de Setembro de 1997

Hospital Sobral Cid começa pesquisa em Outubro

Estudo pioneiro sobre Alcoolismo

O Hospital Sobral Cid (HSC), em Coimbra, inicia em Outubro um estudo pioneiro sobre a relação entre a personalidade do doente alcoólico e o grau de risco de recaída. O objectivo é apurar se o tratamento de pacientes com patologias psiquiátricas anteriores ao consumo excessivo de álcool exige um tipo de abordagem terapêutica distinta da aplicada ao "alcoólico primário".

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Público - Sexta-feira, 19 de Setembro de 1997

Taiwan

Não fumar, mesmo!

Entra hoje em vigor no Taiwan uma das mais rígidas leis anti-tabagistas do mundo. A partir da meia noite de ontem, os seis milhões de fumadores taiwaneses ficaram totalmente proibidos de acender um cigarro em qualquer hotel restaurante ou avião. Há sempre a possibilidade de ser disponibilizado um guetozinho para fumador...

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Público - Domingo, 21 de Setembro de 1997

Guetos e "gangs"

Há uma semana, o "Expresso" noticiava que as forças policiais já não conseguiam entrar em certos bairros da Grande Lisboa. Ontem insistia, contando novos episódios acerca da dificuldade que a PSP tem em penetrar nessas zonas.

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José Manuel Fernandes


Público - Segunda-feira, 22 de Setembro de 1997

Tabaco origina danos genéticos duradouros

Uma equipa internacional de investigadores descobriu novos indícios que sugerem que o tabagismo causa alterações genéticas susceptíveis de dar origem a cancros do pulmão nos fumadores. Ignacio Wistuba, da Universidade do Texas em Dallas, juntamente com outros colegas dos EUA, do Chile e do Canadá, afirmam que essas alterações podem persistir durante muitos anos e mesmo em pessoas que pararam de fumar há décadas.

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Público - Segunda-feira, 22 de Setembro de 1997

Tabagismo passivo causa cancro

Cientistas norte-americanos afirmam ter descoberto uma prova directa de que o tabagismo passivo pode causar cancro do pulmão nos não-fumadores. Stephen Hecht e os seus colegas, da Universidade do Minnesota, que anunciaram os seus resultados num congresso da Sociedade Americana de Química, que decorreu em Las Vegas (EUA), detectaram um composto chamado NNK, que só se encontra no fumo de cigarro, na urina de não-fumadores regularmente expostos ao fumo dos cigarros dos outros. Em estudos anteriores em animais, o NNK revelou ser capaz de provocar o tipo de cancro do pulmão mais vulgarmente diagnosticado nos não-fumadores passivamente expostos ao fumo do tabaco.

(...)


Público - Segunda-feira, 29 de Setembro de 1997

Referendos na Suíça

Subsídio de desemprego e experiência com heroína mantêm-se

Sinal dos difíceis tempos de desemprego, o eleitorado suíço contrariou ontem, por uma curta maioria, 50,8 por cento, uma medida do governo federal que reduziu, no início deste ano, os subsídios aos desempregados. Ao mesmo tempo, os eleitores rejeitara, por unanimidade de cantões e por 70,6% dos votos, uma iniciativa destinada a suspender a actual política de distribuição controlada de heroína.

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Rui Pereira Martins, em Berna, com AFP


Público - Segunda-feira, 29 de Setembro de 1997

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Legalização de "cannabis" polémica em Inglaterra

O jornal britânico "Independent on Sunday", apoiado por Paul McCartney, ex-Beatle, e pelo empresário Richard Branson, tornou-se o primeiro periódico a liderar uma campanha nacional em defesa da legalização do consumo de canabbis. "Se o álcool é um tigre, então a erva é apenas um rato", escreveu a editora Rosie Boycott. "Nunca ninguém ficou desfigurado por causa de um charro", acrescentou. O governo britânico já reagiu, afirmando que um jornal que defende mudanças na lei é irresponsável. "Por trás do que o 'Independent on Sunday' diz está a falsa premissa de que estamos a perder a guerra contra as drogas. Isso não é verdade", disse Jack Straw, responsável pela administração interna. A atitude do jornal "é irresponsável porque uma coisa leva a outra e, da noite para o dia, o consumo iria disparar", acrescentou. Entretanto, investigadores da Universidade de Exeter publicaram um inquérito feito nas escolas britânicas que demonstra que três em dez crianças com 14 a 15 anos já experimentaram haxixe pelo menos um vez.

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Público - Terça-feira, 30 de Setembro de 1997

Paranóia...

Os arautos do discurso globalmente repressivo em matéria de combate à droga rejubilaram com o demissionismo evidenciado pelo Governo, ao assumir que esgotou em dois anos o leque de medidas previstas para a legislatura. Bradaram contra o discurso da rendição, exigiram demagogicamente mais meios para a repressão, misturaram as estatísticas sobre a criminalidade com a crítica aos milhões gastos na prevenção.

(…)

Eduardo Dâmaso


Público - Terça-feira, 30 de Setembro de 1997

A maior apreensão de sempre na Península Ibérica

Cinco toneladas de cocaína descobertas por acaso

Num golpe de sorte, a Guarda Civil espanhola efectuou, na noite de domingo para segunda-feira, a maior apreensão de cocaína até agora realizada na Península Ibérica. Ao todo, numa pequena praia das Astúrias, estavam escondidos nada mais nada menos do que 4728 quilos de droga, que poderiam vir a render no mercado de rua cerca de 240 mil milhões de pesetas (aproximadamente 300 milhões de contos). Esta apreensão vem confirmar a importância que o Norte da Península Ibérica continua a ter enquanto placa giratória das redes internacionais do narcotráfico.

(…)

A.A.M./D.P.



Público

Devido ás limitações do direito de cópia apenas são apresentados extractos das noticias

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