Público - Quinta-feira, 10 de Abril de 1997 Droga e EstadoO presidente da Assembleia da República defendeu, na terça-feira, a compra de estupefacientes por parte do Estado e a sua posterior distribuição "gratuitamente, em estado puro, aos possuidores de cartão de identidade como toxicodependentes, com certificação médica da droga de que dependem e da quantidade mínima de que precisam". ( ) Nicolau Santos Público - Quinta-feira, 10 de Abril de 1997 Enquanto cidadã...O João é impedido de acompanhar os colegas em viagem de fim de curso. Ao que se depreende da notícia televisiva, a escola determina e os pais dos outros alunos apoiam a sua exclusão, porque o João está numa situação de recuperação de toxicodependência. Não, não é no Ruanda. É aqui no coração da civilizada Europa. Da progressista cintura industrial de Lisboa. É no Seixal. Numa escola. ( ) Rosa Soares Nunes, Vilar de Andorinho - V. N. Gaia Público - Quinta-feira, 10 de Abril de 1997 Despenalização do consumo divide partidosPCP contra posição de Almeida SantosO líder parlamentar do PCP, Octávio Teixeira, declarou ontem ao PÚBLICO que Almeida Santos "não tem legitimidade" para "enquanto presidente da Assembleia da República" assumir posições sobre a despenalização do consumo de droga. Octávio Teixeira adianta que "é evidente que o doutor Almeida Santos pode ter opiniões pessoais". Mas na qualidade de presidente da AR tem "de ter em conta a posição dos grupos parlamentares" e estes ainda não têm uma posição definida sobre "esta questão delicada e complexa". ( ) S.J.A./A.S.L. Público - Sexta-feira, 11 de Abril de 1997 Candidato do PP em Barcelos promete política musculadaExpulsar da via pública toxicodependentes e traficantesO candidato do Partido Popular à Câmara de Barcelos está em perfeita sintonia com Manuel Monteiro. Se ganhar as eleições, ameaça expulsar das ruas da cidade os consumidores e traficantes de droga. E quer obrigá-los a tratamento. Chama-se Carlos Lopes e é médico neurologista, o homem que outras forças políticas locais já identificam com Le Pen. ( ) Francisco Fonseca Público - Sexta-feira, 18 de Abril de 1997 Portugal deverá ocupar a presidência do Grupo PompidouNo centro da discussão da drogaPortugal tem quase garantida a presidência, durante os próximos três anos, do Grupo Pompidou, o organismo do Conselho da Europa que se dedica à cooperação e luta contra o consumo e o tráfico de estupefacientes. O anúncio foi ontem feito pelo director do Gabinete de Planeamento e Coordenação do Combate à Droga e correspondente permanente deste organismo, por Joaquim Rodrigues, durante um encontro com a imprensa. ( ) David Pontes Público - Sexta-feira, 18 de Abril de 1997 Declarações de Almeida Santos comentadas em Espanha"Respeitamos as opiniões de outros países""Respeitamos as opiniões de outros países, temos respeito absoluto pelas opiniões de um governo amigo, como é o português", disse ontem ao PÚBLICO, em Madrid, o porta-voz da delegação do Governo espanhol para o Plano Nacional sobre Drogas. Javier Hernández referia-se às declarações do representante dos serviços de combate à droga, Gonzalo Robles, sobre a opinião de políticos portugueses - o Presidente Jorge Sampaio e o presidente da Assembleia da República, Almeida Santos - quanto à abertura, em Portugal, de um debate centrado numa hipotética despenalização do consumo de drogas. ( ) Nuno Ribeiro, em Madrid Público - Sábado, 19 de Abril de 1997 Em 1996, Menos droga apreendidaNúmeros provisórios do Gabinete de Planeamento e Coordenação do Combate à Droga (GPCCD) do Ministério da Justiça revelam que em 1996 foram apreendidas menores quantidades de estupefacientes que nos anos anteriores. Isto apesar de terem aumentado, em quase 33 por cento, o número de apreensões efectuadas pelas forças policiais. ( ) David Pontes Público - Sábado, 19 de Abril de 1997 Droga de EstadoUma característica das toxicodependências é serem uma doença de negação. A negação assume várias formas: a negação do problema, a negação da extensão do problema, a negação dos mil e um problemas associados ao problema, a negação de causas do problema, a negação dos efeitos do problema, a negação dos vários riscos fatais do problema. E essa negação não é apenas do próprio, mas de muitos outros à sua volta: familiares, amigos, a sociedade em geral. A negação do próprio alimenta-se da negação dos outros. ( ) José Ribeiro e Castro Público - Domingo, 20 de Abril de 1997 Sampaio faz diagnóstico preocupante da justiça"Um processo adiado e tardio"O presidente da República, Jorge Sampaio, fez ontem no Porto um diagnóstico preocupante do estado da justiça, que classificou como sendo "um labirinto penoso de procedimentos obscuros, dilações injustificáveis e escapatórias frustrantes, que fazem da justiça um processo adiado e tardio". ( ) A.A.M. Público - Domingo, 20 de Abril de 1997 Fabricantes "desesperados por paz"Tabaqueiras abrem arquivos da investigaçãoA PHILIP Morris e a RJR Nabisco, os dois maiores fabricantes de tabaco do mundo, vão tornar públicos todos os arquivos da investigação científica que têm feito sobre os efeitos do tabaco na saúde, segundo noticiou o "Wall Street Journal" (ver PÚBLICO de 17/04). ( ) Bárbara Reis, em Nova Iorque Público - Segunda-feira, 21 de Abril de 1997 Menores em risco no concelho de CascaisFilhos de toxicodependentes entre os mais vitimadosNo concelho de Cascais, a toxicodependência foi, em 1996, a segunda causa de vitimação de menores. A este fenómeno se deve, por exemplo, o facto de o abandono ser o tipo de vitimação que tem vido a conhecer um maior aumento. São crianças maltratadas, bebés abandonados em hospitais e que aí passam, muitas vezes, os seus primeiros sete meses de vida. A família pode ser algo de aterrador. ( ) Clara Viana Público - Segunda-feira, 21 de Abril de 1997 A liberalização condicionada da drogaO presidente da Assembleia da República afirmou recentemente que era necessário acabar com os traficantes de droga, mesmo que fosse o Estado a fornecê-la aos actuais consumidores. A afirmação do dr. Almeida Santos suscitou diversas críticas negativas e o objectivo destas linhas é demonstrar que, se forem satisfeitas determinadas condições, o ponto de vista do presidente da AR, posto em prática, conduzirá certamente a uma melhoria das condições de vida da maior parte de nós. ( ) José Ivo Miranda, Estoril Público - Terça-feira, 22 de Abril de 1997 O bom e o mau da drogaOs estupefacientes eram em tempos idos, e ainda hoje o são, ministrados como medicamentos milagrosos para acalmar dores difíceis de suportar que algumas doenças provocam em estado agudo ou crónico. Assisti a muitos pacientes deste tipo patológico aliviando-os com injecções de morfina, ou Eucodal, ou Peditina, sob prescrição médica. ( ) António Ramos, Almada Público - Domingo, 27 de Abril de 1997 O Estado e a drogaCada dia que passa, mais chocado fico ao ver a hipocrisia que existe na nossa sociedade em relação à sida. Todos os dias vemos nos meios de comunicação avisos, alguns dos quais dizem que basta pôr um preservativo e assim resolver o problema, quando toda gente sabe que não é bem assim, pelo contrário. ( ) A.S. Alves, Bragança A favor da despenalização(...) Quem for contra a despenalização da droga está directa ou indirectamente a contribuir para o enriquecimento dos traficantes e para que cada vez haja mais gente e organizações a encherem os bolsos à custa dos drogados, e mais gente a drogar-se. ( ) Nuno Costa, São João da Pesqueira Público - Terça-feira, 29 de Abril de 1997 Direcção-Geral dos Serviços Prisionais avança com projectos-piloto para toxicodependentesMetadona para os presosOs reclusos viciados em heroína vão poder optar pelo tratamento com metadona, uma "droga de substituição" que tanta discussão tem alimentado. A Direcção-Geral dos Serviços Prisionais vai arrancar, nos próximos meses, com programas-piloto em estabelecimentos prisionais previamente seleccionados. A notícia foi ontem avançada pelo director-geral, Celso Manata, durante a inauguração dos novos serviços clínicos do Estabelecimento Prisional de Lisboa. ( ) Bárbara Simões, com David Pontes Público - Terça-feira, 29 de Abril de 1997 Cocaína no cérebro humano ao vivo, pela primeira vezInvestigadores norte-americanos anunciaram ter feito uma descoberta fundamental para compreender a forma como a cocaína actua no cérebro humano. Estudos anteriores realizados em ratos já tinham demonstrado que a cocaína actua sobre a dopamina - um neurotransmissor que, tal como outros, assegura a comunicação entre as células do cérebro e que se pensa estar envolvido no movimento e na motivação - mas esse facto nunca tinha sido confirmado nos humanos. ( ) Reuter e PÚBLICO |
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