Estratégias Persuasivas

Por Clifford A. Schaffer

 

A questão é a prisão

A questão não é a legalização ou a descriminalização. Na realidade nós não sabemos se alguma vez faremos tal coisa, ou algo parecido. A questão é a prisão. A questão é quantos mais milhões de pessoas terão de ir para a prisão antes que esta política seja um sucesso. Neste momento não se consegue defender a legalização ou descriminalização com sucesso perante a maioria das pessoas, porque ela não existe e elas não a podem ver. Deve-se centrar a questão em seu redor e fazer com que defendam o que estão a fazer agora. A guerra ás drogas não resultou e não existe nos Estados Unidos um único agente das forças da repressão que considere que será um sucesso. Assim que estejam na defensiva, é fácil leva-los a admitir que é altura de procurar uma nova abordagem -- qualquer que essa abordagem possa ser.

Faça os trabalhos de casa

Existe informação suficiente nas referencias listadas para submergir qualquer pessoa que apoie a prisão como a solução para o problema das drogas. É por isso que os relatórios são escritos.

Referencias: Os principais estudos sobre as drogas e políticas no sector

Seja razoável

Se você apresentar uma abordagem agradável e razoável para a solução do problema das drogas, e mantiver essa atitude, irá provocar um curto-circuito sobre a maioria das emoções negativas e hostilidade que pode ser dirigida conta si. Chamo a atenção que disse uma "abordagem" razoável para solucionar o problema das drogas, e não uma "solução" razoável para o problema das drogas. Por "abordagem" deve-se entender o método que nos leva a encontrar uma solução. Não tente apresentar uma solução porque, conforme veremos mais à frente, isso apenas o mete em problemas. Em seu lugar promova um método justo e razoável para encontrar uma solução -- como o objectivo da comissão encarregue pela Resolução Hoover.

Ao mesmo tempo, esta atitude razoável força os seus oponentes a uma das duas posições: a também ser razoável e a seguir-nos na necessidade de reformulação, ou a adoptar uma posição ainda mais extrema sobre as drogas. Uma das minhas questões favoritas para eles é: "O que é que você tem contra um exame aberto e honesto das evidencias?"

Se demonstrarem discordância a um exame aberto e honesto das evidencias, então demonstram claramente que são demasiado extremistas até para considerarem os factos. Se concordarem com o exame, então temo-los apanhados porque já estudamos o assunto e conhecemos as evidencias.

O judo é melhor que o boxe

Pode vencer alguém com o boxe, e nesse caso vence-o com a sua força, ou pode vencer alguém com o judo, e nesse caso vence-o com a força dele. O judo é sempre melhor que o boxe quando se tem de persuadir alguém. Use os argumentos que a sua audiência considere persuasivos, e não os argumentos que você considere persuasivos.

Por exemplo, se encontrar um fundamentalista Cristão, nada do que lhe disser terá para ele algum sentido se ele não acreditar que Jesus Cristo concordaria com o que você lhe está a dizer. A maioria dos cristãos acredita que os consumidores de droga devem ser enviados para a prisão devido ao consumo de droga ser imoral - ou seja, Jesus não aprovaria o consumo de drogas. Descobri que a melhor abordagem a estes indivíduos é ajuda-los a compreender com os seus próprios termos. O que eu digo é:

"Você, que é certamente um cristão melhor que eu, diga-me: se Jesus cá viesse hoje e lhe entregassem a ele a resolução do problema das drogas, o que pensam que ele faria? Será que ele construía prisões maiores? Ou será que construía hospitais e escolas?

Quando a questão é posta nestes termos simples, a maioria deles começa de imediato a inverter a opinião. Vêm de imediato o bom senso numa abordagem que cura em vez de punir.

Evite argumentos complexos

Os apoiantes da guerra ás drogas têm feito, de acordo com a generalidade do seu nível intelectual, a mais simples propaganda possível. O anuncio dos ovos na frigideira é um bom exemplo. De modo a competir com eles, é necessário usar argumentos que sejam, o mais possível, simples e fáceis de compreender. Existem uma serie de formas de se complicar a argumentação sobre as drogas, mas as duas favoritas são baseadas nas liberdades civis e económicas. Por favor tenha em mente que concordo com os argumentos baseados na liberdade civil e na economia, só que simplesmente não os considero persuasivos para os outros.

Os argumentos baseados nos tópicos da liberdade civil e na economia podem não ser persuasivos por três razões:

  1. São assuntos complicados que devido a sua complexidade requerem uma analise cuidada. Mesmo que apresente hoje um argumento que soe bastante razoável, amanhã alguém o vai confundir com um argumento que aparenta ser igualmente razoável.
  2. As pesquisas mostram consistentemente que uma larga quantidade de Americanos está disponível para sacrificar as suas liberdades civis para tentar resolver algum problema mítico.
  3. As pessoas que são convencidas com estes argumentos já estão convencidas.

É claro que existem excepções para todas as regras, mas no geral, a maioria das pessoas não será persuadida pelos argumentos filosóficos sobre as liberdades civis, ou pelos argumentos económicos. Pode ser triste mas é a verdade.

Uma das maiores excepções será os proprietários de terrenos. Os proprietários de terrenos Californianos tornaram-se muito sensíveis ao facto da sua propriedade poder ser apreendida mesmo que eles não tenham qualquer conhecimento sobre actividades criminosas que nelas tenham ocorrido. Estes proprietários podem apenas ser um bom grupo de difusão oral, pelo que não devem ser encarados como aliados.

Quando utilizados os argumentos económicos devem ser simplificados de modo a evitar discussões longas e estéreis que não resolvem nada. Por exemplo: com o mesmo dinheiro que é necessário para colocar um consumidor de drogas na prisão, pode-se oferecer tratamento ou educação a mais de 100 pessoas. Qual é que pensa que pode ser a melhor utilização.

Construa a aceitação

Os vendedores sabem que é mais fácil uma pessoa concordar consigo se já anteriormente essa pessoa concordou. Ou seja, por exemplo, se conseguir que eles concordem consigo acerca do estado do tempo, então existem maiores probabilidades de voltar a existir acordo sobre qualquer afirmação sua. Se lhes incutir o habito de dizer "sim" eles continuam a dizer "sim".

Existem certas opiniões com as quais praticamente todas as pessoas concordam de imediato. A primeira é de que as pessoas doentes devem poder obter os medicamentos necessários sejam eles quais forem. Se eles compreenderem que a cannabis pode ajudar a salvar as vidas das pessoas com SIDA e cancro, e que a heroína pode ajudar a aliviar dores crónicas de intensidade extrema, e até acelerar a cura após uma cirurgia ou acidente grave, também concordaram normalmente que, pelo menos para propósitos medicinais, se deve permitir a utilização destas drogas. Então refira-lhe que:

Existem pessoas doentes que estão a sofrer e a morrer porque necessitam desses remédios para viver. Se essa fosse a única razão para reexaminar a política sobre drogas, já era uma razão suficiente. Mas como você sabe, não é a única razão para reexaminar o que se está a fazer. Será que não é altura de examinar todos esses problemas e ver qual é realmente o procedimento correcto?

Atacar as fundações das leis proibicionistas

As leis da droga são o produto do racismo e da ignorância. Elas nunca tiveram nada a ver com a saúde publica e a segurança. É importante que as pessoas compreendam este ponto. A maioria das pessoas assume erradamente que as leis da droga foram impostas por serem necessárias para proteger as pessoas contra as drogas perigosas. A maioria das pessoas não sabem que na altura em que as leis foram impostas não existia qualquer evidencia médica sobre a perigosidade dessas drogas, e que os principais jornais, como o New York Times publicaram artigos com títulos como: "Negro Cocaine Fiends, New Southern Menace". Assim que as pessoas compreenderem que antes de mais nunca existiu uma boa razão para a imposição inicial dessas leis, então é perfeitamente legitimo perguntar qual a razão para a existência dessas leis actualmente. Isto conduz a uma discussão sobre como é que essas leis surgiram (a partida o seu interlocutor não tem hipóteses de fazer prevalecer as suas razoes); ou ao facto de que metade dos prisioneiros (EUA) são negros, a maioria deles por condenações devidas ao envolvimento com drogas ilegais; ou o facto de em locais como Washington, DC, noventa por cento (90%) de todos só negros já tenham estado presos, a maioria deles condenado pelo envolvimento com drogas (o seu interlocutor ficará concerteza embaraçado).

Uma resposta padrão

A frase seguinte funciona para praticamente tudo o que o seu oponente possa dizer: "não existe qualquer evidencia que suporte essa afirmação. Mas mesmo que isso fosse verdade, todos os principais estudos sobre políticas de drogas apontam para reforma e abolição do actual modelo como a melhor solução"

Por exemplo, se ele afirmar que: "se as drogas fossem legalizadas toda a gente se tornaria drogado", você diga: "não existe qualquer evidencia que suporte essa afirmação. Mas mesmo que isso fosse verdade, o que não é o caso, todos os principais estudos sobre políticas de drogas apontam para reforma e abolição do actual modelo como a melhor solução"

Prefixe as suas afirmações

Ponha um prefixo no inicio das suas afirmações. O prefixo é: "Os principais estudos apontam/suportam/provam..." Sem esta frase, as coisas que diz serão interpretadas como a sua opinião. Se você usar esta frase, as suas opiniões serão mais claras porque se sustentam no inequívoco peso das evidencias. Para alem disso esta frase força o seu interlocutor a debater com base nos factos, situação em que são manifestamente fracos, pelo que rapidamente eles perdem os seus melhores argumentos.

Atacar, atacar, atacar

É a única maneira de vencer. Mesmo que as pessoas acreditem que a legalização é correcta, elas continuaram a suportar o conjunto de leis actual porque elas não têm certezas sobre a legalização e acreditam que as leis criminalizadoras não causam malefícios. Elas tem de ser levadas a ver que a legislação actual é pior que a ausência completa de legislação. Você tem de colocar os seus interlocutores numa defesa extrema e mantidos ai. Faça-os justificar todos os terríveis factos. O assunto não é a legalização ou a descriminalização. O assunto é a prisão.

Utilize frases curtas e enérgicas

Saiba o que vai dizer e retire-lhe as palavras excessivas. Se você for um tipo de sorte você conseguirá uns 15 minutos completos de tempo de antena para explicar tudo o que existe para saber sobre as drogas. Aponte os principais factos tão rapidamente quanto possível.

Memorize o que tem para dizer

Os vendedores memorizam as suas lengalengas de venda porque, assim que as utilizarem automaticamente, eles as dizem sem necessidade de pensar, e assim libertam o seus esforços tácticos cerebrais para conseguir uma vantagem na sua perspectiva. Com assuntos complexos como a reforma da política de drogas é muito fácil cometer erros de expressão que enfraquecem a sua posição, e colocam a sua audiência numa disonancia cognitiva extrema (paragem mental) na qual não ouvirão qualquer outra coisa dita por si. Seja extremamente cauteloso com as frases que usa, e restrinja-se dentro das frases que o mantém livre de problemas. Memorize os nomes dos estudos de modo a referi-los sem sequer pensar.

Restrinja-se aos tópicos

Não deixe que a discussão se desvie para os tópicos sociais. A política de drogas é um dos assuntos que está intimamente interligado com outros tópicos, como a moralidade, a educação, os cuidados de saúde, o bem estar, e muitos outros. Não se deixe perder com argumentos sobre a reforma do "bem estar" ou sobre quaisquer outros tópicos complicados. Você não tem tempo para isso e de qualquer forma a maioria dos americanos não tem capacidade para compreender a sua complexidade. O tópico é questionar se a construção de prisões massivas resolve o problema das drogas.

Torne os factos públicos

A maioria das pessoas não conhecem as estatísticas reais sobre coisas como mortes devidas as drogas, o numero de pessoas nas prisões, a percentagem de negros encarcerados, e o dilema dos doentes que não tem acesso aos remédios por serem considerados drogas ilegais. Quando eles ouvirem os factos, eles começarão a questionar-se acerca da política actual.

Ganhe por centímetros

Não tente levar as pessoas demasiado longe nos seus pensamentos. O conceito de legalização ou descriminalização é um grande choque emocional e intelectual para a maioria das pessoas e você pode facilmente gastar anos tentando que se acredite completamente nele. Simplesmente não é pratico, ou necessário, tentar trazer as pessoas para o lado da legalização de uma só vez. As pessoas virão ter naturalmente aos pontos de vista da legalização se você simplesmente os convencer de que a política corrente é um desastre que nunca terá sucesso (e isto é verdadeiramente fácil!). Assim que eles concordem que a política actual não funciona, e não tem condições de ter sucesso, eles perguntar-se-ão a si mesmos -- se a prisão não funciona, o que é que podemos fazer? Quando confrontados com esta questão, eles têm de iniciar uma orientação consistente e gradual para a descriminalização.

O Juiz federal Jack B. Weinstein disse: "a aceitação irreflectida da política de drogas actual não é razoável" se nós podemos apenas levar as pessoas a admitir que existe um problema real com o que temos estado a fazer, e que temos de procurar uma solução melhor, eles eventualmente concordarão consigo.

Uma coisa interessante aconteceu ao Juiz James P. Gray. Um homem escreveu-lhe uma carta na qual começou por dizer-lhe o quanto ele (J. James Gray) estava errado acerca da legalização. O senhor tentou dizer-lhe porque é que ele estava tão errado e, em cerca de três paginas escritas, prejudicou-se reconhecendo que o J. James Gray estava correcto. Ele convenceu-se a ele próprio assim que parou para pensar sobre o assunto.

Tome uma posição moral elevada

Os nossos oponentes gostam de tomar a atitude de que todos os que não acreditam em grandes prisões cheias de traficantes são completamente imorais, debaixo de qualquer vergonha, e que nos seus tempos livres provavelmente vendem de droga os jovens. É tempo de deitar a baixo esta charada moralista.

É completamente imoral encarcerar a maior parte da população negra masculina dos Estados Unidos. É completamente imoral negar os remédios necessários para o bem estar das pessoas que sofrem e morrem. Uma política de drogas que procura destruir as pessoas e não ajuda-las não tem nada de moralizante. Os danos causados por esta política são demasiado grandes para permitir que alguém pretenda que esta guerra as drogas é algo de sagrado e moral.

Nãos

Não utilize a palavra "L", a palavra "D" ou a Palavra "M"

Não utilize as palavras "legalização", "descriminalização", ou "medicalização". Estas palavras tendem a colocar a cabeça de certas pessoas em alvoroço. Em primeiro lugar, estas palavras vão provocar em certas pessoas uma completa e imediata paragem mental, em que não vão ouvir dada do que disser. Em segundo lugar, é errado reduzir, o que terá de ser necessariamente uma política complexa sobre quaisquer circunstancias a única palavra. Isso apenas serve para maiores distorções sobre o tópico. Para além disso, você não tem de utilizar essas palavras para a sua opinião prevalecer.

Algumas pessoas tem mencionado que num debate publico a palavra "legalização" tem de ser utilizada mais tarde ou mais cedo, já que o reconhecimento de que o encarceramento está errado ira conduzir as pessoas a considerar alternativas, as quais em ultima instancia conduzem à prisão. Isto é certamente verdade. Contudo, recomendo que você deixe o seu oponente usa-la primeiro, e assim você não a vai promover enquanto causa.

Não defenda o uso de drogas

Não diga a toda a gente que é um direito natural (vindo de deus ou da própria existência individual) introduzir no seu corpo o que quer que se queira. Você pode estar correcto, e eu concordo consigo, mas isso não funciona erg.

Muitas pessoas apenas vem nisso uma desculpa para se drogarem (e, em muitos casos, elas têm razão).

Não proponha nenhum plano para a distribuição de drogas

Não discuta o seu plano pessoal de como a legalização deve funcionar. As razões são as seguintes:

  1. Você apenas pode vender uma ideia de cada vez. Primeiro convença-os de que se deve modificar a legislação. Terá imenso tempo depois para se debruçar sobre o como.
  2. Quando sugerir como deve ser feita, as suas ideias individuais tornar-se-ão o centro da atenção. E se o seu plano falha por alguma razão, então todo os seu argumento falha com ele, e;
  3. O verdadeiro segredo é que não existe uma resposta correcta para a política de drogas. Todas as ideias que sugerir é apenas a menor dos múltiplos males e deixa-o aberto a um violento ataque emocional.

Não se deixe enrolar em debates acerca dos riscos para a saúde

Primeiro deixe-me afirmar que as evidencias são, por qualquer padrão de comparação, bastante claras quanto á maior perigosidade de drogas como o álcool e do tabaco relativamente à maioria das drogas ilegais. Contudo, os maiores riscos relativos não são na realidade o problema.

Apenas porque alguma coisa é perigoso não significa automaticamente que a melhor abordagem a esses perigos é colocar milhões de pessoas na cadeia. Todos nós sabemos que o tabaco, o álcool e a SIDA são perigosos para a sua saúde. Mas todos nós concordaremos concerteza que a prisão não é a melhor política publica para esses riscos. De facto a prisão, seria um engano terrível.

Com as drogas ilegais é o mesmo principio. Nós podemos assumir que essas drogas são perigosas. Essa não é a questão. A questão é: qual a melhor política publica para lidar com esses perigos? Sobre esta questão, todos os principais estudos sobre políticas das drogas concorda que, quaisquer que os perigos possam ser, a prisão é a abordagem errada. Devido aos perigos intrínsecos e aos suplementares criados pela política criminalizante considerada como a pior abordagem, todos esses estudos recomendam a descriminalização. Prisões maiores não significam uma melhor política de saúde publica.

Não se deixe prender em questões que não tem resposta

O congressista Charles Rangel gosta de colocar esta pergunta, "Como é que você propõem que se aborde a legalização de drogas? Deveremos ter uma loja de crack perto das lojas de bebidas?". O truque é que na realidade não existe uma resposta perfeita e qualquer resposta que dê deixa-o aberto a ataques. Ela transforma o problema no problema das suas ideias sociais pessoais em vez de centrar na verdade objectiva na qual todos os estudos concordam que a descriminalização, sobre qualquer cenário, é a melhor abordagem.

Não refira as overdoses

Geralmente evito mencionar as overdoses já que por si mesma a palavra distorce o problema num sentido bastante emocional. A droga que mais overdoses produz é o álcool. Ninguém pensa que um estudante bêbado com a cabeça enfiada numa sanita é uma overdose, mesmo que quanto lhe fazemos ver que na realidade é isso que a situação é. A União do consumidores descobriu que existem muito poucas overdoses reais de drogas ilegais e nenhuma delas provocadas pela cannabis. Muitas das chamadas "overdoses" foram claramente atribuídas a outras causas, como a adulteração das drogas.

Não deixe que os problemas se prendam a si

As pessoas acreditaram com maior facilidade em si e assim persuadidas pelo que disser, se elas sentirem que você partilha com ela as mesmas preocupações básicas, ou seja, se elas sentirem que você está "do seu lado". Explique sempre as suas respostas em termos aceitáveis pelos seus pensamentos e objectivos. De qualquer modo os seus objectivos serão provavelmente os mesmos que os deles -- reduzir os malefícios das drogas, afastar as drogas das crianças, controlar os custos sociais das drogas, etc.

Não os deixe ter coisa alguma

Existe muitos, mesmo muitos, mitos acerca das drogas e do consumo de drogas. Como por exemplo: o velho mito de que os traficantes misturam heroina e cocaína na cannabis de modo a viciar as crianças menos prevenidas. Isso não simplesmente não acontece. As drogas licitas e ilícitas fazem efectivamente explodir a maioria deste mitos. Se o seu oponente menciona um desses mitos, atire-lhe à garganta e aponte-lhe que não existe evidencia nenhuma que suporte o que ele está a dizer. Faça-o provar. Você pode provar o que diz, mas ele não.

Não se encrave em tópicos constitucionais

Os tópicos baseados na constituição Americana não são em geral persuasivos por variadas razões.

  1. São complicados. Eles requerem muitos conhecimentos sobre a história, a lei, e outros assuntos que a maioria das pessoas, e você incluído, não é provável possuírem. Tal como qualquer outro problema complicado, qualquer um pode manter aprofundadas discussões por um tempo indefinido sem que se chegue a uma resolução clara. Os argumentos complicados devem ser evitados porque não são factores que levem a prevalência da sua opinião.
  1. As pessoa que são susceptíveis de concordar consigo provavelmente já concordam. Muitos americanos, incluindo os que são inteligentes, não compreendem as protecções garantidas pela constituição e a razão pelas quais elas são tão importantes. Muitas pessoas tendem a pensar que as protecções constitucionais são apenas um meio para proteger as pessoas cumpridoras da lei como eles e, para alem disso, se a pessoas inocentes são prejudicadas devido a violação dos seus direitos pela policia, então esse é o preço justo que nós temos de pagar pela lei e a ordem. É escudado argumentar com essas pessoas sobre este ponto porque, na maior parte, você não vai conseguir modificar a sua atitude básica a este respeito.
  2. Mesmo que você vença, você não venceu nada. Mesmo que você consiga que o seu oponente concorde que os Direitos da Quarta Emenda (ou outro direito quaisquer) são violados pela policia, pode ser escamoteado como simples má supervisão. Ou seja, eles irão argumentar que devemos exercer uma supervisão maior, mas que deveremos continuar com a Guerra as Drogas. Os argumentos constitucionais normalmente não são efectivos na demonstração de que a guerra as drogas é moralmente e pragmaticamente errada nos seus pressupostos básicos e na própria fundação.

Tradução do texto disponível na Druglibrary website.

Publicado com o consentimento do autor
Clifford A. Schaffer

Setembro de 1997

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